“As causas do incêndio ainda não estão apuradas”, disse à Lusa a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, adiantando que a Unidade de Coordenação e Intervenção Territorial da Câmara Municipal de Lisboa “vai fazer esta manhã a vistoria” ao prédio.

O alerta para o incêndio no número 91 da Avenida Elias Garcia foi dado pelas 17:42 de terça-feira e as chamas ficaram confinadas ao edifício, mas, por precaução, os bombeiros evacuaram os prédios contíguos.

Pelas 20:00, o incêndio estava dado como controlado e, pelas 20:30, foi dado como extinto, segundo fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB).

Margarida Castro Martins acrescentou que a carga térmica e o facto de o edifício ser antigo, com elementos estruturais em madeira, “fez evoluir o fogo rapidamente do 2.º andar, onde tudo indica que terá tido origem, para os pisos superiores”.

A responsável explicou que, como consequência do incêndio, 13 pessoas ficaram desalojadas, das quais 12 encontraram alojamento alternativo por meios próprios e uma foi alojada pela Santa Casa da Misericórdia.

De acordo com Margarida Castro Martins, os moradores vão hoje deslocar-se aos serviços da Câmara Municipal de Lisboa para encontrar “soluções mais duradouras”, embora tenha explicado que, tendo em conta que todo o edifício pertence a particulares, são estes que têm de se organizar para as obras de reabilitação”.

A diretora da Proteção Civil Municipal disse ainda que um dos prédios contíguos ao do incêndio, o número 93, “ficou com alguns danos, como vidros partidos e nos equipamentos de ar condicionado”.

Na terça-feira, em declarações aos jornalistas no local, Alexandre Rodrigues, comandante do RSB, tinha destacado que o fogo começou no 2.º andar e que o prédio “ficou totalmente inabitável, o tardoz do edifício colapsou totalmente e não há condições de habitabilidade”.

Os dois feridos do incêndio foram uma idosa de 93 anos, por inalação de fumos, e a filha, de 57 anos, devido a uma crise de ansiedade, tendo sido ambas transportadas para o Hospital Santa Maria, tendo tido alta no próprio dia.

No combate às chamas participaram 34 operacionais apoiados por 15 viaturas, do RSB e Voluntários Lisbonenses, bem como elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Serviço Municipal de Proteção Civil e da PSP.