Segundo os documentos aprovados na reunião de câmara desta terça-feira, o exercício regista um saldo global de 35,2 milhões de euros e uma poupança corrente de 21,6 ME, o que reflete uma “sólida saúde financeira”, disse o presidente Gonçalo Lopes (PS), ao apontar que a autarquia garantiu um resultado positivo de 1,9 ME.
“O saldo garante não só a saúde de tesouraria, mas também a saúde financeira, embora seja um saldo com tendência para diminuir à medida que vamos executando cada vez mais obras”, adiantou Gonçalo Lopes.
O autarca ressalvou ainda o prazo de pagamento a fornecedores de apenas três dias, “um dos mais baixos do país”, o que é “um indicador extremamente demonstrativo de saúde financeira”.
O presidente da Câmara destacou também a diminuição da dívida desde 2010, “quando andava na ordem dos 77 ME" e, em 2023, foi alcançado “o valor mais baixo desde essa data, cifrando-se em 11,9 ME”.
Do lado da despesa, o total pago em 2023 foi de 110.735.984,70 de euros, mais 13% do que em 2022, destacando-se um reforço na despesa com pessoal, que subiu 6%. A despesa de capital subiu 7%, com um aumento de 8,2% na taxa de execução, que se cifrou em 71,6%.
“A receita arrecadada é muito superior à despesa corrente e com essa poupança podemos fazer mais investimento. A poupança corrente representa cerca de 21,5 ME”, disse Gonçalo Lopes.
As transferências para as freguesias registaram um aumento de 8,2% para 8,7% e para as instituições sem fins lucrativos de 9,5% para 11,5%. “São mais cerca de 2 ME, que estão muito associados ao apoio que estamos a dar para a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, para construir respostas sociais.”
O vereador independente eleito pelo PSD, Álvaro Madureira, defendeu, uma vez mais, a descida dos vários impostos, tendo em conta a “saúde financeira” do município.
“Ter contas certas é motivo de segurança para o futuro. Temos bastantes obras para concretizar nos próximos anos e esta saúde financeira permite-nos avançar com as obras sem ter de recorrer a empréstimos bancários e depois aguardar pelo seu reembolso”, reforçou Gonçalo Lopes.
O autarca elencou algumas das obras que foram realizadas e que serão lançadas durante este ano, como os projetos Aquapolis, Jardim do Visconde, edifício da antiga Caixa de Crédito Agrícola, que "irá alojar a Assembleia Municipal e o corpo da futura Polícia Municipal de Leiria. São projetos praticamente concluídos e que irão estar na linha da frente para ser lançado concurso este ano e depois concretizar nos próximos anos”, concretizou.
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