A proposta, que foi esta manhã aprovada em reunião do executivo, prevê a colocação de parcómetros em ruas como Constituição, Antero de Quental, avenida Fernão Magalhães e praça Dr. Francisco Sá Carneiro.
No total, estão previstos 1.200 lugares pagos e este alargamento decorre do que está estabelecido no caderno de encargos [contratualizado com a empresa EPORTO], esclareceu a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, sendo que os moradores podem pedir à autarquia a respetiva avença e ficarão isentos do pagamento da mesma este ano, em caso de aprovação do seu pedido.
O vereador social-democrata Ricardo Almeida, sendo a favor da concessão, alertou para “o problema do estacionamento selvagem”, defendendo ser urgente tomar medidas.
Na resposta, o presidente da Câmara, Rui Moreira, anunciou um reforço de 42 agentes na Polícia Municipal, o que vai permitir alargar a fiscalização ao estacionamento indevido.
Também a vereadora Cristina Pimentel disse que a autarquia tem “plena consciência” de que a expansão do estacionamento pago na via pública leva a um maior número de estacionamentos selvagens, acrescentando ter “algumas garantias de que a fiscalização será reforçada”.
O vereador da CDU, Pedro Carvalho, que votou contra esta proposta, alegou que aquele era o “momento de votar encargos para mais cidadãos”, não conseguindo “compreender a forma como o modelo foi estabelecido”.
“Temos áreas residenciais em que não faz sentido haver estacionamento pago”, sustentou.
Para Rui Moreira, esta é mais uma situação em que a CDU está contra o Porto e a sua posição é contrária ao que se passa no município vizinho de Matosinhos, cujo vereador da Mobilidade é comunista e aprovou a colocação de mais parquímetros na cidade.
A vereadora Carla Miranda, do PS, absteve-se nesta votação, considerando que o que falta à cidade é um plano estratégico e que “a cidade no seu todo tem de discutir isso”, tem de saber “quais são as linhas de orientação” que existem “para o desenvolvimento de uma cidade”.
O independente Rui Moreira insurgiu-se contra a posição de Carla Miranda e apontou o Plano Diretor Municipal (PDM), que se encontra em fase de revisão, como sendo o instrumento estratégico que a socialista estaria a reclamar.
“A senhora não sabe, mas o que está a falar existe e chama-se PDM”, disse, “e devia saber que está em discussão, [sendo] coordenado por uma pessoa do PS, [mas] ignora e está a fazer tábua rasa do que está a acontecer”.
Moreira frisou que o executivo “tem uma visão integrada” para a cidade e já está a pensar na gestão do Serviço de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
“Quando pensamos que vamos gerir os STCP precisamos que haja aumento da procura dos transportes públicos”, disse.
O executivo aprovou também, por unanimidade, um voto de louvor aos 11 elementos da proteção civil que tiveram no Funchal para ajudar na avaliação das consequências dos incêndios que deflagraram em agosto, bem como a regularização de quatro cedências de imóveis na rua Antero de Quintal, transferidos da Assembleia Distrital do Porto para o município.
Foi ainda aprovada, com o voto contra da CDU e a abstenção da socialista Carla Miranda, a proposta para que a gestão do Invesurb – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado – passe a ser feita pela FundBox, que assumirá a posição até agora detida pela Gesfirmo.
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