“Nós aprovaremos nas próximas semanas, em Câmara, que depois vai ser aprovado em Assembleia, uma terceira tranche do Lisboa Protege. Uma terceira tranche que, de forma simples e desburocratizada, chegue às empresas, chegue às entidades, porque sabemos que este processo de retoma gradual está a ser particularmente difícil e particularmente exigente para muitas empresas do comércio e da restauração”, adiantou o autarca.
Falando na sessão plenária da Assembleia Municipal de Lisboa, o presidente da Câmara salientou que muitas empresas estão atualmente perante uma situação em que a procura “significativamente abaixo” da habitual antes da pandemia pode “pôr mesmo em risco a vida da empresa”.
“Não esqueçamos que Lisboa é uma cidade que recebia um fluxo diário de pessoas antes da pandemia, pelo menos de dimensão igual à sua população residente, e o facto de estarmos numa época e num momento em que os níveis de confinamento ainda são significativos, em que muitas atividades continuam em teletrabalho, significa que há hoje menos pessoas a circular, mesmo com as regras a serem levantadas”, referiu.
O município vai, por isso, propor uma nova fase do Lisboa Protege “precisamente para apoiar aquelas empresas do comércio, da restauração, que lidam hoje com a necessidade de ter um apoio à retoma, isto é, de um apoio que permita apoiar o acréscimo de custos”, reforçou Fernando Medina (PS).
No período de apresentação da informação escrita do presidente, o autarca avançou também que o PS vai levar a reunião de Câmara “uma nova medida no âmbito do subsídio municipal do arrendamento” para as “pessoas que possam ficar numa situação difícil, temporariamente, pelo fim das moratórias ao crédito à habitação”.
Fazendo um balanço das duas fases anteriores do Programa Lisboa Protege, Fernando Medina indicou que os apoios a fundo perdido abrangeram “4.098 entidades que já receberam o valor da primeira tranche” e “3.581 que já receberam o valor da segunda tranche, no valor total de pagamentos já efetuados de 22 milhões de euros”.
Relativamente ao programa de testagem massiva à covid-19 na cidade, o presidente da Câmara de Lisboa adiantou que foram realizados nas farmácias da capital “mais de sete mil teste”.
O autarca recordou também que está em curso uma “operação regular de testagem a cerca de seis mil trabalhadores da Câmara de Lisboa e das empresas municipais”.
Sobre a vacinação contra a covid-19, referiu que estão atualmente a funcionar oito centros de administração de vacinas, que asseguram que o processo decorre “de forma eficaz” e têm “dado a resposta que se exige”.
Quanto ao transporte dos cidadãos para os centros de vacinação através de táxi, garantido pelo município, indicou que o serviço foi utilizado “por mais de 10 mil pessoas”.
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