Ivan Henry, de 69 anos, apresentou uma denúncia depois de a justiça ter revogado, em 2010, a condenação que lhe foi imposta por dez agressões sexuais, oito delas a mulheres, ocorridas entre 1981 e 1982.

A justiça concedeu-lhe uma indemnização de oito milhões de dólares canadianos (cerca de 5,5 milhões de euros). Na sentença, o juíz do Supremo Tribunal de Justiça da província da Colúmbia Britânica, Christopher Hinkson, afirmou que os promotores não revelaram ter nenhum elemento de prova fundamental, o que "infringiu seriamente o direito de Henry a um julgamento justo".

O juíz considerou uma série de provas que não tinham sido usadas em julgamento, como declarações de testemunhas e provas forenses, incluindo impressões digitais e marcas encontradas nas cenas dos crimes. Os promotores nunca comunicaram ao acusado que a polícia acreditava que outra pessoa era responsável por pelo menos um dos ataques.

No julgamento, Henry representou-se a si próprio e foi condenado com base no que o juíz descreveu como uma frágil identificação feita por algumas testemunhas.

Ivan Henry foi declarado um criminoso perigoso por se considerar que tinha uma conduta depravada, o que permitiu ao Estado prendê-lo indefinidamente. Décadas depois, outro homem confessou três dos crimes e foi preso, mas acabou por morrer pouco tempo depois.

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