"Não creio que possa haver um futuro para um projeto apoiado por esses partidos, com o PS a assumir responsabilidades de governo, se esse sentido de responsabilidade não for retomado por parte do PCP e do BE", declarou o socialista.
Carlos César falava a propósito da aprovação no parlamento, na quinta-feira, em sede de comissão, de uma alteração ao decreto do Governo sobre o tempo de serviço congelado dos professores.
A medida teve os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, inclusive BE e PCP.
"O que posso dizer, e confirmar, é que o país não é gerível com esta irresponsabilidade e este oportunismo que foi revelada pela aliança entre os partidos de direita e os partidos mais extremistas à esquerda", declarou hoje o líder parlamentar socialista e também presidente do partido.
E prosseguiu: "É uma situação que põe em causa a governabilidade do país do ponto de vista da sua sustentabilidade e da gestão das contas públicas. Se não tivermos contas públicas equilibradas, tudo o que vamos conseguindo (...) andará para trás. Numa situação de desequilíbrio, não é possível reforçar os apoios à vida das famílias, das pessoas em geral, e melhorar os serviços, seja na saúde, seja na educação".
O entendimento do PS com bloquistas e comunistas está nas mãos destes dois partidos, acredita César, que "dificilmente poderão ser parceiros num projeto com futuro e sustentabilidade" se "não compreenderem" a questão em cima da mesa atualmente com a carreira dos docentes.
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