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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, iniciou esta terça-feira, dia 11 de novembro, o discurso de tomada de posse assinalando a “clara vitória eleitoral” nas eleições de 12 de outubro, nas quais os lisboetas lhe confiaram “a função de governar” e reforçaram “a confiança no projeto” que lidera, divulga o Observador.
Entre as prioridades anunciadas para o novo executivo, destaca-se a habitação, especialmente para os jovens. O presidente da Câmara anuncia a reabilitação de 700 casas em bairros históricos, das quais 100 já estão a ser intervencionadas, para disponibilização em arrendamento acessível.
A segurança foi outro tema central do discurso. Carlos Moedas lamenta que "durante tanto tempo" tenha sido encarada apenas como “um problema de perceção” e promete aumentar o investimento em videovigilância e no recurso a guardas noturnos. O autarca exige ainda mais meios policiais, destacando a necessidade de reforço da PSP e da Polícia Municipal.
No âmbito da higiene urbana, Carlos Moedas revela que a recolha de lixo passa a ocorrer seis dias por semana em todas as freguesias. O presidente da Câmara reitera também compromissos assumidos durante a campanha, incluindo mais centros de saúde, creches e um programa de rastreio gratuito do cancro do pulmão e do cólon para todos os lisboetas.
Relativamente ao espaço público, Carlos Moedas anuncia projetos de requalificação, como a Tapada das Necessidades, a transformação do Parque Papa Francisco e a renovação do Parque do Monsanto. Na área da Cultura, defendeu que é “crucial que o Governo ponha fim ao licenciamento zero”, que considera prejudicial ao comércio local, e anunciou a criação de mais teatros por bairro, promovendo Lisboa como “a nova morada da arte contemporânea e moderna da Europa”.
O presidente da Câmara destacou a importância da inovação e da criação de emprego, referindo que amanhã serão inaugurados os escritórios do 17º unicórnio a instalar-se na cidade. Acrescentou ainda que a autarquia pretende combater a burocracia, simplificando processos e reduzindo encargos administrativos.
No domínio da mobilidade, o autarca garante que será concluído o túnel de drenagem de Lisboa e anunciou dois novos projetos: um Metrobus que liga Lisboa a Loures e um novo elétrico em direção a Oeiras. Moedas reafirma que não pretende proibir a circulação automóvel, defendendo a criação de alternativas e opções para os cidadãos.
Para concluir, Carlos Moedas apelou à colaboração entre executivo e oposição, recordando os “bloqueios” que tantas vezes denunciou no último mandato.
A nova equipa do reeleito presidente da Câmara inclui Gonçalo Reis (PSD), Joana Baptista (independente indicada pelo PSD), Rodrigo Mello Gonçalves (IL), Diogo Moura (CDS-PP), Maria Aldim (CDS-PP), Vasco Moreira Rato (independente indicado pelo PSD) e Vasco Anjos (IL). Da equipa anterior, apenas Diogo Moura manteve pelouros, como Economia e Inovação, revela a Sábado.
A segunda força mais votada foi a coligação "Viver Lisboa" (PS/Livre/BE/PAN), com cerca de 90 mil votos (33,95%) e seis vereadores eleitos: Alexandra Leitão, Sérgio Cintra, Carla Madeira e Pedro Anastácio (PS), Carlos Teixeira (Livre) e Carolina Serrão (BE). O Chega e a CDU (PCP/PEV) surgiram praticamente empatados, tendo a diferença de um voto feito com que a CDU perdesse um vereador face ao mandato anterior, mantendo apenas João Ferreira, enquanto o Chega elegeu Bruno Mascarenhas e Ana Simões Silva.
No mandato 2021-2025, o executivo municipal era composto por sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE, com o Chega também presente com vereadores eleitos.
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