Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), a região europeia que é considerada por aquele organismo das Nações Unidas registou, em 50 nações, 20 mil casos de sarampo num ano, 35 deles mortais.

Também no mês passado, o Centro Europeu de Controlo de doenças dava conta de 14 mil casos de sarampo em 30 países em 207, triplicando o número de casos da doença em 2016.

A Direção-Geral de Saúde em Portugal anunciou quarta-feira que foram notificados na região norte dois casos de sarampo confirmados, existindo outros doentes com sinais e sintomas, mas que ainda estão em investigação, sendo aguardados os resultados laboratoriais.

No ano passado, Portugal teve dois surtos simultâneos de sarampo (num total de 29 casos), que chegaram a provocar a morte de uma jovem de 17 anos.

Para a OMS, “cada nova pessoa afetada pelo sarampo na Europa relembra que crianças e adultos não vacinados, independentemente de onde vivam, continuam em risco de contrair a doença e de a passar a outros que possam ainda não estar vacinados”.

A OMS recorda que os surtos de sarampo registados no ano passado afetaram um em cada quatro países da região europeia, tendo sido notificados surtos em 15 dos 53 países abrangidos pela OMS Europa.

O país europeu com mais casos reportados desde 1 de janeiro de 2017 até ao momento continua a ser a Roménia, seguido de Itália, da Ucrânia e da Grécia.

O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina, contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.

Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.