A garantia de querer evitar novas eleições pode significar que os independentistas proporão um candidato diferente de Puigdemont para ser investido no dia 22 de maio e formar governo.

“Não queremos novas eleições”, disse Eduard Pujol, porta-voz do grupo parlamentar Juntos pela Catalunha, depois de uma reunião com Carles Puigdemont em Berlim, acrescentando que haverá uma nova tentativa de ter o ex-presidente de novo no poder o mais tardar até dia 14.

A candidatura de Carles Puigdemont já foi bloqueada pela Justiça espanhola em janeiro passado e parece condenada ao fracasso, apesar de na sexta-feira o parlamento catalão ter aprovado uma lei que autoriza a investidura à distância. O Governo espanhol já anunciou que irá contestar na Justiça esta lei e que a nomeação de um presidente regional deve obrigatoriamente ser feita com a sua presença. Uma ação legal suspende a lei aprovada.

Puigdemont está na Alemanha e se regressar a Espanha é detido, acusado de tentativa de secessão.

O parlamento da Catalunha, onde os separatistas têm maioria absoluta, deve eleger um presidente antes de 22 de maio, caso contrário serão realizadas novas eleições. Se a candidatura de Puigdemont falhar os seus partidários proporão Jordi Sanchez, também acusado de rebelião e detido.

“Se essa possibilidade não se materializar devemos abrir a porta a outra alternativa”, disse Pujol.

Para já o grupo parlamentar insiste na investidura à distância antes de 14 de maio, apesar de admitir que é pouco provável: “estamos conscientes das dificuldades em o conseguir”, disse após uma reunião com Puigdemont, que ainda está à espera que a Justiça alemã decida sobre a sua extradição para Espanha.

Pujol qualificou de “obstinação” o facto de o Governo espanhol estar a impedir as sucessivas tentativas de investir Puigdemont ou o segundo da lista, Jordi Sánchez. E disse ser “perfeitamente previsível” que o Governo formalize, como já anunciou, um recurso contra a reforma da lei para possibilitar uma investidura à distância.

A reunião levou hoje a Berlim 28 dos 34 deputados do grupo. Foi a segunda do grupo Juntos pela Catalunha em Berlim e a sétima fora da Catalunha.

Puigdemont está na Alemanha desde 25 de março, quando foi detido ao entrar no país ao abrigo de um mandado de detenção europeu.

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