Na véspera da entrada em vigor da nova legislação laboral, Catarina Martins quis focar nas questões do trabalho parte do discurso que fez esta noite no jantar-comício que juntou mais de 500 pessoas em São João de Ver, Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro.
"Não esquecemos que o tanto que a ‘troika’ tirou a quem vive do seu trabalho ainda não foi reposto. António Costa [primeiro-ministro e líder do PS] esqueceu-se que há tempo e dinheiro que foi tirado aos trabalhadores no Governo PSD e CDS e que ainda não foi reposto", criticou.
O BE, segunda a sua líder, quer "respeitar quem trabalha e equilibrar os pratos da balança".
"Quando no país cresce a economia mais do que crescem os salários, não nos enganemos: precisamos mesmo de mexer na lei do trabalho e quem aqui está sabe que só um Bloco com mais força garante as alterações que repõem o salário e repõem o descanso quem trabalha neste país", assegurou.
A memória dos bloquistas, de acordo com Catarina Martins, permite saber "que não eram apenas quatro feriados, foram também três dias de férias, foi também a compensação por despedimento e foram as horas extraordinárias que foram cortadas para metade e com isso se baixou os salários em Portugal".
"Nós queremos acabar com todos os cortes da ‘troika’ sim. As horas extraordinárias têm de ser pagas em dobro, as pessoas têm direito aos 25 dias de férias e as compensações por despedimento tem de ser 30 dias por cada ano de trabalho", prometeu.
A legislação laboral aprovada nesta legislatura foi um dos pontos de maior tensão entre o PS e os seus parceiros de esquerda, incluindo o BE, tendo dado entrada no Tribunal Constitucional, já durante esta campanha, o pedido de fiscalização sucessiva das alterações ao Código de Trabalho, assinado pelos três partidos.
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