“É uma última oportunidade para o ministro esclarecer e até retratar-se daquilo que disse. Se não o fizer, começa a não ter condições nenhumas para assumir este seu mandato”, afirmou à agência Lusa o deputado centrista Telmo Correia.
Questionado se o CDS defende a demissão do ministro Eduardo Cabrita, Telmo repetiu a frase: “Não estou a antecipar nada. Estou a dizer que o ministro deve vir rapidamente ao parlamento e que essa vinda será uma última oportunidade.”
Em causa estão declarações do ministro numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, no domingo, na qual Eduardo Cabrita é questionado sobre as notícias que dão conta de agentes policiais “que compram equipamento de proteção do seu próprio bolso”.
“Compram porque o querem e não têm nenhuma necessidade de o fazer. É preciso dizê-lo com toda a transparência. Há matérias que são diferentes, que são fardamento, em que há um subsídio. Mas o que é considerado como necessário pelos comandos é aquilo que é atribuído”, respondeu.
Para o deputado do CDS, estas “são declarações obviamente inaceitáveis, até porque são falsas” e de “uma total irresponsabilidade” num Ministério, como o da Administração Interna, onde é “um comandante” e “primeiro responsável numa cadeia hierárquica que garante a segurança dos portugueses”.
Segundo os centristas, estas são afirmações, no mínimo, “ofensivas para as mulheres e os homens que servem as forças de segurança”.
Dado que a Assembleia da República está a debater o Orçamento do Estado, que tem votação final global para 06 de favereiro, a audição de Eduardo Cabrita, a ser aceite pela comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, só se realizará depois dessa data.
Comentários