Este debate é lançado por Assunção Cristas, a líder do partido, num conselho nacional do CDS, a cerca de nove meses das eleições legislativas, já agendadas para 06 de outubro.
A direção nacional não divulgou ainda os critérios, o que só deverá fazer hoje, dia em que Cristas reúne, de manhã, a comissão política nacional, ficando a tarde reservada, em Oliveira de Frades, Viseu, para a reunião do conselho nacional.
As poucas declarações conhecidas de Assunção Cristas nesta questão foram, há semanas, numa entrevista a um jornal da Universidade Católica de Braga, ao defender que os candidatos devem ter “dimensão nacional” e “qualidade” para acompanharem os temas na Assembleia da República.
Raul Almeida, ex-deputado e que representa a lista alternativa liderada por Filipe Lobo d’Ávila no conselho nacional, afirmou à Lusa que este grupo “não exige lugares” nas listas nem quer negociar diretamente com a líder, mas admitiu que a bancada reflita “a diversidade no congresso”.
Já Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), uma corrente interna do partido, defendeu, também à Lusa, que as escolhas devem ser feitas “de baixo para cima” e as “distritais devem ter a palavra primordial, obviamente concertada” com a comissão política nacional e Assunção Cristas.
Para este dirigente, que tem assento na comissão política de Cristas, deve ser tida em conta a representatividade das três listas a votos no congresso de março de 2018 (cerca de 30%).
Tanto Raul Almeida como Matos Santos desaconselham Cristas a impor decisões, sem ter em conta a opinião das estruturas distritais.
A Juventude Popular tem uma posição há muito conhecida de voltar a ter representação no grupo parlamentar do partido, que deixou de ter em 2015.
Nas legislativas de outubro de 2015, o CDS o concorreu em coligação com o PSD, tendo os dois partidos obtido 36,8% dos votos. Os centristas elegeram 18 deputados.
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