“A nossa divida é a nossa tragédia”, afirmou Nuno Melo, num discurso inflamado, num jantar com militantes integrado nas jornadas parlamentares do CDS, em Famalicão, Braga.

O vice-presidente do CDS disse estar farto de pagar “as bancarrotas do PS”, dando o exemplo “dessa luminária chamada José Sócrates”, ex-primeiro-ministro socialista, e sublinhou que, com o atual executivo, de António Costa, a dívida pública continua a subir.

Sócrates recebeu o país, em 2005, “com 60%” de dívida do PIB e quando deixou o poder, em 2011, esse valor estava em 120%”, argumentou.

Costa afirma que a dívida está a descer em termos percentuais, mas o valor absoluto está a subir, concluiu.

Nuno Melo fez também um duro ataque aos dois parceiros de esquerda do PS na maioria parlamentar que suporta Costa, afirmando que PCP e BE estão “ao lado da ditadura” de Nicolas Maduro na Venezuela.

De paralelismo em paralelismo, afirmou que, se pudessem, os dois partidos, por terem um pensamento totalitário”, defenderiam o mesmo em Portugal.

Aceitar o voto de comunistas e bloquistas é aceitar “realizar em 2019 o PREC que não conseguiram em 1974″, disse.

A líder do CDS, Assunção Cristas, também discursou no jantar para dizer que o partido terá, nas eleições deste ano, europeias e legislativas, “a força e a ambição” que os portugueses quiserem dar.

E, mais uma vez, garantiu que, nas legislativas, o voto no CDS é para “uma alternativa que não vai parar às mãos de António Costa”, tentando traçar uma diferença com o PSD, e que, se tal falhar, o partido “estará a combater” os socialistas.

As jornadas parlamentares do CDS, dedicadas a temas europeus e à segurança interna, encerram hoje, em Braga, com uma intervenção de Assunção Cristas.