Eram 11:36 quando o presidente declarou aberta a reunião. De acordo com o programa, estava previsto que os trabalhos se iniciassem às 10:00.
Dois minutos antes, líder do partido, Nuno Melo, entrou na sala, que já estava cheia, subiu ao palco e saudou a mesa do congresso e os delegados, que aplaudiam e gritavam "CDS, CDS, CDS".
Numa primeira intervenção perante os congressistas, o presidente do congresso defendeu que esta reunião magna mostra que "o CDS está vivo, mobilizado para crescer e, sobretudo, para servir Portugal".
"Como se vê por esta sala, eram manifestamente exageradas as notícias que falavam do desaparecimento ou da morte do CDS", considerou.
José Manuel Rodrigues sustentou também que este é um "congresso marcante" porque marca o regresso do CDS-PP à Assembleia da República e ao Governo e destacou que o partido esteja presente no executivo nacional, e também na Madeira e nos Açores.
"Que grande é o nosso partido", rematou.
Também numa intervenção na abertura do congresso, o antigo deputado Hélder Amaral assinalou o “passado grande e glorioso” do CDS-PP e saudou Nuno Melo como “o verdadeiro responsável pela fé, crença e energia” e “por não ter desistido e mobilizado todos” ao longo dos dois anos de mandato.
O delegado distrital de Viseu defendeu também que o CDS “nunca virou as costas ao país, esteve sempre presente e foi fundamental mais uma vez, foi decisivo para uma alternativa de governo”.
“Não há razões nenhumas para não ter esperança no futuro”, afirmou.
Hélder Amaral disse que agora o trabalho passa por “interpretar as necessidades” e “conseguir dar respostas e soluções” aos portugueses “sem ódio, sem divisões, com moderação, coragem e frontalidade”.
“Não podemos permitir que o país não seja tolerante, moderado, de todos para todos. Temos de voltar a pôr a marca do CDS em todos os distritos do país”, afirmou.
Os dois dirigentes agradeceram aos militantes base pelo apoio, “trabalho e sacrifício” nestes últimos tempos.
Na abertura do congresso foi também projetado nos ecrãs um vídeo com fotografias de momentos do partido ao longos dos 50 anos de existência.
No arranque dos trabalhos foi ainda mostrada uma mensagem em vídeo do presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, que assinalou o regresso do PSD e do CDS-PP ao Governo de Portugal após oito anos de governação socialista.
“Temos a certeza que vai trazer a mudança que Portugal necessita e os cidadãos merecem”, defendeu, dizendo contar com a “motivação” dos centristas “para conseguir um novo sucesso, agora a nível europeu”, nas eleições europeias de junho.
O palco da reunião magna, em tons de azul, tem ao centro a indicação do 31.º Congresso e dois visores de cada lado. Ao centro, o púlpito onde serão feitas as intervenções.
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