“Este ano, [a festa] tem como novidade o facto de se realizar ao longo do todo o mês de março. Estamos a dar nota de uma nova abertura que se pretende para toda a comunidade”, afirmou Peixoto Lima.

O autarca acentuou que, “com o fim da pandemia”, Celorico de Basto “quer marcar, com esta festa, um novo reinício”, esperando a “visita de muitas pessoas”.

Ao longo do mês, haverá dezenas de atividades culturais, económicas e desportivas, tendo a camélia como “rainha”, como se lê na promoção do evento deste ano.

“A celebração da camélia está de volta”, assinala-se num cartaz do município.

Como nas edições anteriores, aquela vila do interior do distrito de Braga vai engalanar-se com camélias, de vários tipos, destacando-se os arranjos das fachadas das casas e montras dos estabelecimentos comerciais preparados pelos residentes e lojistas e os murais realizados por coletividades e juntas de freguesia. Também as ruas da cidade minhota serão decoradas com adereços alusivos à rainha da festa colocados pela autarquia.

Conferências, caminhadas e um desfile de moda inspirado na flor, no qual serão escolhidas a rainha e a princesa das camélias, são outras atividades do programa, que destaca, no terceiro fim de semana, a exposição e concurso internacional de camélias, na Casa da Terra.

Trata-se de uma atividade sempre muito procurada por espanhóis, que ali expõem ou visitam.

O cortejo das camélias, na tarde de domingo, envolvendo centenas de pessoas da comunidade local, que distribuem pétalas de flores pelos visitantes, é um dos pontos mais aguardados do programa.

“Como sempre, os locais irão envolver-se de uma forma muito forte, porque esta é uma festa popular”, reforçou Peixoto Lima.

O autarca recordou à agência Lusa que toda a comunidade educativa, os idosos e as demais pessoas se envolvem, ao longo de semanas, na decoração das suas casas e na participação que irão fazer ao longo dos eventos”.

Destacando as visitas guiadas, todos os fins-de-semana, aos exuberantes jardins de camélias encontrados em solares típicos da região de Basto, alguns centenários, o presidente do município sinalizou: “a camélia é um valor muito forte do nosso património cultural que queremos continuar a estimular”, aliando ao “potencial económico que já representa”.

Questionado sobre os cuidados a ter no evento, tendo em conta a situação pandémica que o país ainda atravessa, Peixoto Lima disse à Lusa que “tudo foi organizado em diálogo com as autoridades de saúde”, com as quais vai ser avaliada a situação ao longo de todo o mês.