A taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre, uma redução de 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de dois pontos em comparação com o período homólogo, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que é preciso recuar até ao último trimestre de 2008 para encontrar uma taxa de desemprego trimestral mais baixa, de 7,8%.
Em comunicado hoje enviado às redações, a CGTP alertou para o facto de, "dos mais de 869 mil desempregados em sentido lato (444 mil em sentido restrito), apenas 189 mil estarem cobertos por alguma prestação de desemprego".
A central sindical recorda que, "considerando apenas o valor do desemprego em sentido restrito, há 57% de desempregados sem quaisquer apoios sociais", destacando que esta é uma "situação que urge inverter".
Outro aspeto apontado pela organização liderada por Arménio Carlos prende-se com a precariedade, lamentando que "dois em cada três contratos celebrados depois de outubro de 2013 e vigentes no final de setembro de 2017 são precários".
Por isso, a CGTP entende que "continua muito por fazer" e "exige medidas de alargamento da proteção social aos desempregados, bem como um efetivo combate à precariedade" tanto no setor público como no privado.
Em concreto, as reivindicações da central sindical passam pelo "aumento geral dos salários", pelo "aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros a 01 de janeiro de 2018" e pela "dinamização da contratação coletiva com a revogação das normas gravosas da legislação laboral".
A CGTP deixa ainda um apelo a todos os trabalhadores à "participação em massa" na manifestação nacional convocada para 18 de novembro, em Lisboa.
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