Questionado pela Lusa sobre se houve um aumento de chamadas e se era possível relacioná-las com o calor intenso dos últimos dias, fonte oficial do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) explicou que a procura dos serviços de emergência médica registou um aumento de 20% nas chamadas realizadas para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), “motivadas sobretudo pelo agravamento de situações de doença crónica”.
Segundo o INEM, o aumento “muito substancial” do número de chamadas de emergência e a consequente ativação de meios “justifica-se pela onda de calor verificada nos últimos dias”.
O aumento correspondeu a “umas significativas” 764 chamadas a mais, por dia, entre quarta-feira e domingo, comparando com o período homólogo do ano passado.
O aumento do número de chamadas teve “naturalmente impacto” no funcionamento dos CODU, apesar do “reforço de operacionais”, que tiveram um “esforço acrescido”, segundo a fonte.
Hoje, a Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) disse em comunicado que na última madrugada, às 02:30, o CODU do INEM tinha 18 chamadas em espera e que o número de chamadas em “call-back” (recuperação de chamadas desligadas) era cerca de 90.
A fonte do INEM disse à Lusa que “naturalmente que os tempos de espera para atendimento das chamadas são mais elevados, em consequência do acréscimo muito significativo da procura dos serviços de emergência médica”.
E acrescentou que “nenhuma chamada fica sem resposta”, até porque o sistema “call-back” permite recuperar chamadas desligadas ou que caíram antes de serem atendidas, havendo profissionais com a função específica de fazer essas chamadas de volta.
De acordo com o INEM, o sistema de triagem nos CODU “permite avaliar rapidamente a situação clínica das vítimas” e estabelecer prioridades no envio de meios de emergência médica, pelo que apesar do aumento de atividade “tem sido possível manter uma resposta às várias situações”.
“O INEM, fruto do aumento dos pedidos de socorro já referido, tem atendido perto de 5.000 chamadas de emergência por dia, e repudia publicações em alguns fóruns que têm como único objetivo provocar ansiedade e alarme na população portuguesa”, adiantou a mesma fonte.
Os cidadãos, salientou a fonte, “podem e devem confiar no INEM e nas restantes instituições” que compõem o Sistema Integrado de Emergência Médica.
O INEM relembrou também que o 112 apenas deve ser usado em situações de emergência, e que as situações referentes a aconselhamento na área da saúde têm o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde, o SNS24, através do número 808 24 24 24.
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