Governo de Olaf Scholz perdeu moção de confiança no Parlamento. Agora o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, tem três semanas para dissolver a Câmara.
O chanceler da Alemanha, o social-democrata Olaf Scholz, enfrentou a moção de confiança no Parlamento, após o colapso da coaligação no mês passado, cenário que abriu caminho para a convocação de eleições antecipadas a 23 de fevereiro.
Foi o próprio Olaf Scholz, 66 anos, que convocou uma moção de confiança no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, onde não tem maioria, após a implosão da aliança entre social-democratas (SPD), verdes e liberais (FDP) que governava o país desde 2021. Para que o Parlamento pudesse ser dissolvido e eleições antecipadas convocadas, o chanceler, como chefe de Governo, teve de apresentar uma moção de confiança.
Este novo cenário abriu o caminho para as eleições de 23 de fevereiro, uma data previamente acordada pelos partidos políticos.
A maior economia europeia sempre foi um modelo, mas enfrenta uma grave crise política, assim como a sua vizinha França - e principal aliada na União Europeia -, cujo governo também enfrenta um cenário instável.
A coligação liderada por Olaf Scholz sofreu um colapso a 6 de novembro, após a demissão de Christian Lindner como ministro das Finanças.
A saída do governo do político do partido liberal do FDP por divergências sobre o orçamento deixou Olaf Scholz em minoria no Bundestag, o que paralisou qualquer iniciativa legislativa.
A crise foi o resultado de meses de disputas entre os três partidos do governo sobre a política económica, questões como migração e confrontos pessoais.
As divergências sobre o plano orçamental para 2025, que deveria ser concluído em novembro, acabaram a derrubar a aliança.
*Com agências
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