O Ministério da Defesa chinês afirmou que o documento sobre a nova política de armas nucleares, elaborado pelos serviços americanos da Defesa, Estado e Energia, “especula com o caminho do desenvolvimento” chinês e exagera a ameaça que representam as forças nucleares do país asiático.
A nova estratégia de armas nucleares americana, anunciada esta semana pelo Pentágono, exige a introdução de dois novos tipos de armamento, acabando com os esforços da era de Barack Obama para reduzir o tamanho e o alcance do arsenal norte-americano
Durante a apresentação, o secretário de Defesa, Jim Mattis, afirmou que a capacidade dos arsenais nucleares russo e chinês “estão a melhorar”, ao contrário do que acontece com os Estados Unidos.
A política da administração anterior dependia do que o então Presidente Barack Obama chamou de obrigação moral para que os Estados Unidos liderassem com o exemplo para livrar o mundo das armas nucleares.
Mas oficiais da administração de Donald Trump e do Exército norte-americano argumentam que a abordagem de Obama se mostrou excessivamente idealista, particularmente quando a Rússia ressurgiu, com os Estados Unidos a não conseguirem persuadir os seus adversários nucleares a seguir o exemplo.
“Esperemos que os Estados Unidos compreendam corretamente a intenção estratégica da China e que assumam uma visão justa sobre a defesa nacional e o desenvolvimento militar da China”, respondeu hoje o porta-voz da Defesa chinês, Ren Guoqiang, citado pela agência estatal Xinhua.
O porta-voz chinês exortou ainda os americanos a perderem “mentalidade da Guerra Fria”.
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