“A raiz profunda […] da situação entre a Palestina e Israel é que o direito do povo palestiniano à soberania foi há muito posto de lado”, disse Wang Yi, numa conversa telefónica com Amir-Abdollahian.

“Esta injustiça histórica deve terminar o mais rapidamente possível”, acrescentou o diplomata chinês, acrescentando que a China “continuará a estar do lado da paz e a apoiar a causa justa do povo palestiniano na preservação dos seus direitos nacionais”.

Mais de 1.400 pessoas, na sua maioria civis, incluindo crianças, foram mortas quando milícias do Hamas atacaram o território israelita em 07 de outubro, fazendo reféns pelo menos 126 pessoas, segundo as autoridades israelitas.

A resposta israelita matou mais de 2.200 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na Faixa de Gaza, um território controlado pela organização islamita desde 2007 e que é considerada como um “grupo terrorista” pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos.

Pequim mantém boas relações com o Irão, cujos dirigentes apoiam o Hamas.

A China não mencionou especificamente o Hamas nas suas condenações da violência, o que suscitou críticas de alguns líderes ocidentais.

O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.