De acordo com a imprensa local, citada pela agência EFE, as equipas de salvamento retiraram de helicóptero dezenas de pessoas presas num abrigo de montanha em Macugnana, Piemonte, onde as inundações provocadas pelas fortes chuvas fizeram transbordar dois ribeiros da zona.
Também quase uma centena de pessoas foram retiradas no sábado à noite de duas localidades da região, onde a água transbordou e inundou as ruas de zonas residenciais.
Os danos em várias zonas montanhosas do Piemonte levaram o presidente regional, Alberto Cirio, a pedir a declaração do estado de emergência devido aos estragos causados pelo mau tempo.
“Os nossos técnicos estão a trabalhar e estão a chegar às zonas afetadas para uma primeira avaliação dos estragos e para fazer as primeiras intervenções urgentes junto dos municípios”, relatou Cirio, enquanto se difundiam imagens de carros com vidros partidos devido ao granizo intenso e de alguns veículos presos em correntes de água das cheias.
Outras 200 pessoas foram também hoje retiradas de helicóptero, no vale de Cogne, Vale de Aosta, depois de a única estrada da zona ter sido danificada pelas fortes inundações ocorridas no sábado. A maior parte das pessoas retiradas eram residentes e turistas.
A imprensa local divulgou imagens da estrada afetada por deslizamentos de terras devido às inundações em Cogne, um vale que, por enquanto, está quase totalmente isolado.
Segundo os meios de comunicação social, em consequência dos estragos na zona montanhosa do norte de Itália, os bombeiros tiveram de efetuar, nas últimas horas, cerca de 80 salvamentos, tanto devido a deslizamentos de terras como por outros incidentes.
Paralelamente, o último andar de uma casa na região foi completamente destruído pelas fortes rajadas de vento.
No sábado à noite, na cidade de Montanaro, Piemonte, as equipas de emergência tiveram de intervir para resgatar uma família que se encontrava num carro, presa depois de uma corrente próxima ter rebentado as suas margens.
Segundo Angelo Bonelli, deputado da Aliança Verde-Esquerda, na oposição, o que aconteceu é mais um sinal dos “sinais da crise climática” que o Governo italiano liderado por Giorgia Meloni “continua a negar e nunca aborda”.
“Tempestades, inundações e granizo atingiram o Vale de Aosta e o Piemonte, enquanto o sul do nosso país é devastado pela seca”, lamentou Bonelli. Este dirigente político instou o Governo a declarar “um estado de crise climática” e a “investir recursos para a enfrentar”.
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