Em declarações à Lusa, a coordenadora da conferência, Joana Miranda, disse que o objetivo é “fazer lóbi” junto das Nações Unidas para que, na agenda pós-2030, a Cultura passe a ser um ODS autónomo, ganhando “mais força política”.
“Atualmente, a Cultura está diluída nos ODS mas pensamos que é tempo de a assumir com um objetivo em si, dando-lhe mais força política, e é isso que vamos pedir no manifesto a aprovar em julho, em Braga, para enviar às Nações Unidas”, referiu.
A 16.ª conferência anual das cidades criativas da UNESCO deverá reunir cerca de 600 delegados de todo o mundo, entre os quais 150 a 200 presidentes de câmara.
O evento terá epicentro em Braga, cidade criativa no campo das Media Arts, mas haverá também um dia em que os delegados se deslocarão a Barcelos (cidade criativa na área do artesanato), Santa Maria da Feira (gastronomia) e Amarante (música).
“O objetivo é afirmar o Norte como uma região criativa”, disse ainda Joana Miranda.
A conferência terá um foco especial no contributo que os jovens podem dar à construção de novas ideias e projetos.
Um foco que se consubstancia no convite a jovens para a participação em momentos de discussão e trabalho de campo, abrindo assim caminho para o encontro de políticas de transição em “áreas críticas” como a inclusão social ou o ambiente.
Criada em 2004, a Rede de Cidades Criativas da UNESCO conta com cerca de 350 membros e tem como objetivo fomentar o diálogo e a colaboração entre cidades para alavancar a cultura e a criatividade como meio de promoção para um desenvolvimento urbano sustentável nas suas diferentes facetas socioeconómicos e ambientais.
A rede cobre sete áreas criativas, designadamente Artesanato e Artes Folclóricas, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura, Media Arts e Música.
Portugal tem atualmente 10 cidades criativas.
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