Em causa está a greve de cinco dias dos maquinistas do Metro Sul do Tejo, com início às 00:00 desta quinta-feira e que se prolonga até às 24:00 de segunda-feira, dia 02 de janeiro.

À Lusa, fonte oficial da empresa que gere o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, referiu que entre as 07:00 e as 13:00 de hoje foram realizadas 33% das circulações previstas.

Nos períodos compreendidos entre as 13:00 e as 15:00 e entre as 15:00 e as 17:00 a média de circulações realizadas face às previstas foi de 53% e 61%, respetivamente, segundo a referida fonte oficial da empresa que gere o Metro Transportes do Sul (MTS).

A mesma fonte precisou que houve ocasiões em que a greve não afetou a circulação face ao que está previsto para um dia de domingo, indicando que foi esse o caso das Linhas 1 e 3, que circularam normalmente no período entre as 15:00 e as 17:00.

A Lusa contactou o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) sobre o impacto do dia de greve de hoje, mas ainda aguarda resposta.

Os maquinistas iniciaram na quinta-feira, às 00:00, um período de cinco dias de greves, divididos entre paralisação total e ao trabalho suplementar.

Na quinta-feira, aqueles profissionais iniciaram a greve ao trabalho suplementar, que vai terminar às 24:00 de segunda-feira, dia 02 de janeiro.

Entre o dia 30 e hoje os trabalhadores estão em paralisação total.

Segundo o sindicato, na base desta paralisação está a falta de acordo com trabalhadores e a empresa no que respeita ao Acordo de Empresa, considerando que a Metro Transportes do Sul “respondeu de forma demasiado vaga, sem um compromisso objetivo e sério quanto a datas em matéria de negociação de um Acordo de Empresa”.

A MTS, por seu turno, criticou o sindicato num comunicado divulgado na quarta-feira, indicando que a estrutura representativa dos maquinistas avançou para uma paralisação ignorando aumentos salariais acima do que foi referenciado em sede de Concertação Social, e sublinha que a greve provocará constrangimentos.

No comunicado, a empresa referiu que foi confrontada com dois novos pré-avisos de greve entregues pelo SMAQ, numa atitude que ignora “os aumentos salariais definidos para 2023, entre 7,4% e 9,6%, atingindo todos os colaboradores da empresa, incluindo os operadores de condução filiados neste sindicato”.