Cada país é livre de definir os seus objetivos e ano de referência para os atingir. Os Estados Unidos, a China e a União Europeia são os principais emissores de dióxido de carbono (CO2), principal agente do aquecimento global, sendo a seguinte a situação atual dos compromissos assumidos no Acordo de Paris, alcançado em 2015.

A China comprometeu-se a reduzir as emissões de CO2 até 2030 e segundo especialistas em clima poderá fazê-lo. Pequim também estabeleceu a meta de que 20% do seu consumo de energia provenha de energias não fósseis (renováveis e nuclear), um objetivo que parece mais difícil de alcançar.

Os Estados Unidos assumiram compromissos, na presidência de Barack Obama, de redução das emissões de gases com efeito de estufa de 26% para 28% em 2025, por comparação a 2005. No entanto, o atual Presidente, Donald Trump, anunciou em 2017 a intenção de sair do Acordo de Paris a partir de 2020, comprometendo as promessas do seu antecessor.

A União Europeia comprometeu-se a reduzir as emissões em 40% até 2030, por comparação com 1990. A Comissão Europeia estima que esse objetivo seja ultrapassado mas quer que os Estados-membros adotem planos mais ambiciosos, que levem à neutralidade carbónica em 2050. Ainda não há consenso sobre esta matéria.

Segundo um estudo da organização não governamental britânica ECIU (Energy and Climate Intelligence Unit) o Butão e o Suriname já são neutros em carbono.

Muitos países, incluindo Portugal, anunciaram a intenção se ser neutros em emissões (não produzirem mais gases com efeito de estufa do que os que conseguem absorver) até 2050.

A cimeira de Nova Iorque, de 21 a 23 de setembro (começa com uma Cimeira da Juventude no sábado e termina na segunda-feira com reunião de líderes políticos), pretende que os líderes mundiais mostrem a vontade de tornar os seus planos de redução de emissões de CO2 mais ambiciosos. O secretário-geral da ONU pediu a todos os dirigentes mundiais que levem à cimeira de Nova Iorque planos concretos e não discursos.