“O novo código visual da dor é uma ferramenta de cariz artístico, facilitadora da comunicação entre médico e doente”, afirmou a presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, Ana Pedro.
Segundo esta responsável, “o código visual permitirá auxiliar a interpretação da dor pelo doente, contribuindo para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes com dor crónica em Portugal”.
Esta ferramenta, assim como um site sobre a dor (www.dor.com.pt), será apresentada no sábado em Lisboa e pretende representar alguns descritores de dor através de 12 imagens: ferro em brasa, formigueiro, frio gelado, beliscão no nervo, rastejar sobre a pele, facada, choque elétrico, alfinetes, espasmo agudo, dor perfurante, arame farpado e queimadura.
“Nem sempre é fácil o doente exprimir a sua dor (a dor não se vê), o que pode ser uma barreira para o médico na compreensão da doença e no diagnóstico final. Esta nova ferramenta visual é, sem dúvida, uma mais-valia para os doentes e também para nós médicos, que tentamos diariamente compreender e avaliar corretamente a sua dor”, salientou a médica.
O código visual da dor conta com o apoio da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, e das sociedades de Anestesiologia, Oncologia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Interna, Ortopedia e Traumatologia e Reumatologia.
Segundo a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, os custos com a dor crónica em Portugal ascendem aos 4.610 milhões de euros, o que corresponde a 2,7% do PIB nacional.
Os gastos com a dor são superiores ao somatório dos gastos com a obesidade, a diabetes, o álcool e o tabagismo, de acordo com dados da associação.
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