O Presidente francês, Emmanuel Macron, adiou uma visita à Sérvia, agendada para quarta-feira, alegando a situação de crise que se vive em França, depois dos confrontos violentos de sábado, entre a polícia e manifestantes do movimento “coletes amarelos”.
Macron pediu ao primeiro-ministro, Édouard Philippe, para reunir com as forças políticas e com representantes do movimento, para tentar encontrar uma solução para o impasse negocial que dura há várias semanas, tendo provocado diversos incidentes.
Hoje, dois representantes do movimento “coletes amarelos” afirmaram à agência France Presse que não se deslocarão à residência do primeiro-ministro, como estava previsto, alegando diversos motivos, incluindo “razões de segurança”.
“Nenhum dos membros dos ‘coletes amarelos’ vai visitar Matignon (a residência oficial do primeiro-ministro)”, disse hoje Benjamin Cauchy, um elemento do setor mais moderado do grupo.
Outro membro do movimento, Jacline Mouraud, também disse que não iria a Matignon porque recebeu várias ameaças, depois de ter subscrito um texto na publicação Journal du Dimanche.
“Todos os signatários do texto do jornal receberam ameaças e intimidações, não estando garantidas condições de segurança. Alguns 'coletes amarelos' disseram que nos impediriam de estar presentes”, confirmou Cauchy.
Os representantes do movimento alegam ainda que não querem ser “marionetas de comunicação política”, dizendo que foram informados de que o governo não irá mudar de rumo e que apenas pretende mostrar espírito de diálogo.
Os “coletes amarelos” protestam contra as taxas sobre os combustíveis e sobre a perda de poder de compra dos franceses.
O movimento tem feito dezenas de manifestações de protesto, em várias cidades de França e em Bruxelas, na Bélgica, com algumas delas a provocarem fortes confrontos com a polícia.
No passado sábado, pelo menos 80 pessoas, incluindo 16 polícias, ficaram feridos em violentos protestos ocorridos em Paris, que provocaram também 183 detenções de ativistas do movimento "coletes amarelos".
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