Desde as 06:00 que a entrada norte de Braga, no Nó das Infias, está cortada ao trânsito, primeiro pelos "coletes amarelos" (cerca de 60) e depois pela própria PSP, que desviou o trânsito antes daquela artéria.
Em declarações aos jornalistas, um representante do movimento que organizou o protesto, Filipe Silva, explicou que o objetivo é "comer as batatas na estrada" – ou seja, ficar até à ceia de Natal -, salientando que "não há hora para acabar o protesto".
O início do protesto foi marcado por uma altercação entre os manifestantes e um automobilista que furou o bloqueio, tendo depois disso decorrido a manifestação de forma pacífica.
Por volta das 10:00, a PSP ordenou que fossem retirados os carros e camiões que estavam a bloquear o acesso à cidade.
A desmobilização começou de forma pacífica, mas quando chegou a altura de retirar o último camião bloqueado, que não pertencia ao grupo de manifestantes, os ânimos exaltaram-se com uma discussão.
Os agentes das PSP presentes no local falaram com os "coletes amarelos" e no final o camião acabou por fazer marcha atrás com a ajuda da polícia.
Entretanto, na página oficial da PSP foi comunicado que o bloqueio em Braga era ó único autorizado pelas "entidades competentes", mas fonte do município disse à Lusa que a autarquia "não autorizou nenhum bloqueio de estrada, tendo sido apenas informada do protesto".
Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
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