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A Universidade de Coimbra (UC) está envolvida num projeto europeu para melhorar não só o diagnóstico, como também o prognóstico e, por conseguinte, o tratamento de leucemias e linfomas de células T maduras (doença causada pela infecção pelo vírus HTLV-1 (vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1), segundo comunicado enviado à imprensa.

 Ana Bela Sarmento Ribeiro, docente e investigadora da Faculdade de Medicina da UC , é a lider da equipa portuguesa que participa no projeto europeu Interrogation of the immune-microenvironment of T-cell malignancies (ImmuneT-ME) e explica na nota enviada às redações que “as abordagens terapêuticas existentes se revelam frequentemente inadequadas" e que acabam por não permitir o controlo da doença a longo prazo. Perante a raridade e heterogeneidade dos linfomas de células T maduras, que surgem de mutações que ocorrem neste tipo de glóbulo branco, que tem um papel crucial na defesa do organismo.

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Neste momento não há evidente melhoria terapêutica, este projeto pretende desenvolver estratégias terapêuticas baseadas na medicina personalizada e de precisão e procura diagnosticar, monitorizar e tratar a doença  em função das características de cada pessoa.

Em Portugal, segundo o comunicado enviado às redações, será efetuada a validação em amostras de doentes dos potenciais biomarcadores identificados por outros parceiros do consórcio, e serão desenvolvidas metodologias aplicáveis à prática clínica com vista à implementação clínica.

O projeto vai estar em curso até abril de 2028 é liderado pela Universidade de Leipzig (Alemanha), contando, além da UC, com a participação de mais seis instituições oriundas de cinco países. Em Portugal, tem também a colaboração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra e do Instituto Portugal de Oncologia (IPO) de Lisboa.

A equipa clínica e de investigação inclui médicos especialistas em hematologia, anatomia patológica e imunologia, e ainda investigadores na área da biologia/genética e bioinformática, e associações de representantes de doentes, o que representa "uma oportunidade única para o estudo das leucemias/linfomas de células T maduras”, sublinha a equipa do ImmuneT-ME.