“Volto encorajado com as diferentes conversas que tive com os diferentes atores”, afirmou aos jornalistas o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, após um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
O presidente da configuração Guiné-Bissau da Comissão da ONU para a Consolidação da Paz chegou terça-feira a Bissau, tendo durante quarta-feira e quinta-feira reunido com as autoridades, representantes políticos e sociedade civil.
“É a primeira vez que venho à Guiné-Bissau para ouvir os diversos atores políticos, sociedade civil, intelectuais, membros do judiciário, legislativo e do executivo para compor um quadro completo sobre a situação do país e para apresentar no dia 24 de agosto um relatório ao Conselho de Segurança da ONU”, afirmou.
Sobre o encontro com o Presidente, Mauro Vieira disse também ter ficado “encorajado” com a realização de uma “segunda ronda de mediação pela associação das mulheres guineenses da crise política”.
“Creio que é um instrumento importante e que pode criar um momento e um ímpeto novo para se chegar a uma solução”, salientou.
A Guiné-Bissau foi admitida na agenda da Comissão da Consolidação da Paz em dezembro de 2007, depois de um pedido do Conselho de Segurança da ONU na sequência de uma solicitação do Governo guineense.
Entre 2015 e 2017, a Comissão da Consolidação da Paz atribui à Guiné-Bissau um envelope financeiro de 10 milhões de dólares para apoio a iniciativas relacionadas com o diálogo político e construção do consenso nacional, modernização das forças de defesa e segurança, apoio à construção de um sistema judicial independente e participação dos jovens e mulheres no desenvolvimento económico.
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