Quaisquer contactos entre a equipa que vai ocupar-se do ‘Brexit’ e Durão Barroso “serão inscritos no registo de transparência”, disse um porta-voz do executivo comunitário.
“Todos os funcionários têm obrigação de inscrever todos os contactos no registo de transparência”, sublinhou.
Alexander Winterstein respondia, na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, a questões sobre a carta que a provedora de justiça europeia, Emily O'Reilly, enviou ao líder do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, questionando-o sobre a nomeação de José Manuel Durão Barroso para administrador não-executivo da Goldman Sachs Internacional (GSI), especificamente para se ocupar da saída do Reino Unido do bloco europeu (‘Brexit’).
Winterstein reiterou que a contratação de Durão Barroso pela GSI teve lugar 18 meses após o fim do seu mandato, cumprindo assim as regras.
Questionado sobre a posição de Juncker, o porta-voz lembrou que o atual presidente da Comissão Europeia declarou, em entrevistas, não haver qualquer problema em Barroso trabalhar para um banco, mas salientou que “há que escolher o empregador”.
O'Reilly escreveu hoje ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pedindo-lhe que clarifique a posição do executivo comunitário face à nomeação do seu antecessor.
A provedora quer saber que medidas Bruxelas tomou para verificar se a nomeação está conforme com as obrigações éticas estipuladas e se Juncker pediu ou tenciona pedir um parecer ao Comité de ética ‘ad hoc' da Comissão Europeia.
Emily O'Reilly questiona ainda se a ‘Comissão Juncker' tenciona rever o código de conduta dos comissários.
Considerando que José Manuel Durão Barroso disse que será conselheiro da GSI sobre a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia, a provedora quer ainda saber se Bruxelas vai dar indicações específicas à equipa criada para negociar o ‘Brexit' sobre como lidar com pedidos vindos do ex-presidente.
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