O CHUSJ destaca que o processo de construção daquela ala, no Porto, está a decorrer “conforme planeado, prevendo-se o início da obra no decorrer do ano de 2019”.

“São 14 as empresas de construção a quem o CHUSJ endereçou convite para apresentarem candidaturas à empreitada da Ala Pediátrica, empresas que foram identificadas pelo grupo de trabalho presidido pelo engenheiro Joaquim Poças Martins, presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros – Região Norte e professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto”, assinala o hospital em comunicado.

Segundo o CHUSJ, “esta abordagem aumenta a exigência com que o Estado aborda este investimento”, sendo que “a coordenação deste grupo por um representante da Ordem dos Engenheiros pretende assegurar a total transparência do processo, bem como o rigor nas decisões técnicas”.

O grupo de trabalho foi constituído para “estabelecer os critérios para selecionar o conjunto de empresas habilitadas para uma empreitada desta complexidade e dimensão a serem convidadas a apresentar propostas para a sua execução, sem atrasar o processo”.

Perante a “urgência da construção da ala pediátrica”, o centro hospitalar afirma estar autorizado pela Lei do Orçamento do Estado para 2019 a “recorrer ao procedimento de ajuste direto na contratação da empreitada”.

O CHUSJ recorda que a parcela de terreno destinada à ala pediátrica está “já disponível, após decisão homologada em 5 de junho de 2019 pelo Tribunal Judicial da Comarca do Porto”.

Na passada sexta-feira, o CHUSJ anunciou o fim do internamento de crianças em 36 contentores e referiu que estas estruturas, provisórias há cerca de 10 anos, seriam desmontadas.

“As crianças que estavam em enfermarias colocadas em contentores foram deslocadas para um internamento de 25 camas pediátricas situadas no edifício principal do CHUSJ, utilizando espaços que ficaram livres com a relocalização de outros serviços e onde irão manter-se até estar terminada a construção da ala pediátrica”, escrevia aquela unidade hospitalar em comunicado.

Há 10 anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço era prestado em contentores.

Em novembro de 2018, pais e mães de crianças internadas alertaram para os contentores “indignos e desumanos” do internamento pediátrico do Hospital de São João.

Em entrevista à Lusa, descreveram “quartos minúsculos sem janelas”, “cartão a tapar buracos na parede”, portas vedadas com “adesivo do hospital” e “uma sanita e duche para os 40 ou 50 pais”.

Em 28 de maio, o presidente do Conselho de Administração do hospital, Fernando Araújo, disse que a construção da ala pediátrica deve começar até ao final do ano.

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