“O concurso vai finalmente ser lançado em dezembro deste ano. Nós já tínhamos autorização da resolução do Conselho de Ministros, estivemos a trabalhar no caderno de encargos, o caderno de encargos está já pronto e, portanto, dentro de algumas – de poucas – semanas nós lançaremos aquele que é o maior concurso de sempre da história da CP”, disse aos jornalistas o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, à margem da cerimónia de assinatura de contrato entre a Medway, a Stadler e a Tratavagonka para a aquisição de 16 locomotivas e 113 vagões.
O Governo aprovou, em 15 de julho, um concurso para a aquisição de 117 novas automotoras elétricas pela CP, num valor de 819 milhões de euros, a “maior compra de sempre” da operadora, disse na ocasião o ministro Pedro Nuno Santos.
O concurso foi aprovado em Conselho de Ministros, sendo que o Governo espera que o primeiro comboio chegue em 2026 e que a totalidade das composições esteja em circulação em 2029.
Na intervenção na cerimónia de hoje, o governante adiantou que o concurso está a ser preparado no sentido de garantir que os 117 comboios “são para ser feitos por uma empresa que esteja disponível para construir parte, ou a totalidade do comboio em Portugal.
“Portugal é uma economia com grande futuro, um país com quase 900 anos de História que tem obrigação de se dar ao respeito e de querer mais sobre o seu próprio desenvolvimento”, apontou o ministro, acrescentando que “não há nada que um comboio tenha que não possa já hoje ser feito em Portugal”.
Garantindo que a legislação europeia será “escrupulosamente cumprida”, Pedro Nuno Santos ressalvou, porém, que o concurso assegurará que seja feito investimento em Portugal.
Aproveitando a presença de representantes da Stadler, cuja fábrica na Península Ibérica se localiza na vizinha Espanha, Pedro Nuno Santos lançou o repto à fabricante suíça de material circulante ferroviário: “A CP já contratualizou 22 comboios, a Medway 16 e daqui a umas semanas, antes do final do ano, lançaremos concurso de 117 e, portanto, é uma oportunidade de honra para a Stadler, sem abandonar Valência, começar a investir em Portugal”.
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