Num artigo hoje publicado no jornal Wall Street Journal, Biden pede à Câmara de Representantes para “adotar urgentemente” os projetos de lei sobre nova ajuda à Ucrânia e Israel, bem como sobre a ajuda humanitária a Gaza.
“Se os dois países são inteiramente capazes de defender a sua própria soberania, dependem da ajuda americana para o fazer, inclusivamente em armas. E estamos num momento crucial”, argumentou o presidente norte-americano.
O líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, anunciou hoje que vai submeter quatro textos que serão votados no sábado: um para ajudar o esforço de guerra da Ucrânia na resistência à invasão russa; um para ajuda Israel, envolvida numa guerra com o grupo islamita Hamas e em disputa com o Irão; um terceiro para fortalecer aliados na região Indo-Pacífico; e um último um para adotar medidas adicionais para fortalecer a segurança nacional.
Para Biden, estas são matérias fundamentais para corroborar as promessas feitas pelos Estados Unidos aos seus aliados.
“Tanto a Ucrânia como Israel estão a ser atacados por inimigos aguerridos que procuram a sua aniquilação”, escreveu o presidente no seu artigo.
Para Biden, o Presidente russo, Vladimir Putin, “quer subjugar o povo ucraniano e absorver a sua nação num novo império russo”.
Relativamente ao Médio Oriente, o líder norte-americano defende que “o regime iraniano quer destruir Israel e, assim, apagar para sempre do mapa o único Estado judeu no mundo”.
“A América nunca deve aceitar nenhum destes resultados”, assegurou Joe Biden.
Um pacote de 60 mil milhões de dólares (mais de 50 mil milhões de euros) em assistência militar e económica à Ucrânia foi adotado no Senado em fevereiro.
Contudo, os republicanos na Câmara dos Representantes têm recusado aprovar a proposta, devido, entre outras razões, a uma disputa sobre a questão da imigração.
O novo pacote de propostas, anunciado hoje, se for aprovado pela Câmara de maioria republicana, será depois levado para Senado, onde existe uma maioria democrata, antes de chegar à mesa de Joe Biden para promulgação.
O anúncio de Mike Johnson sobre este pacote foi imediatamente criticado por alguns dos seus colegas republicanos, reavivando a possibilidade de uma moção de censura e de uma nova crise na Câmara.
O seu antecessor na liderança da maioria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, foi demitido no ano passado após uma rebelião da ala do seu partido ultra conservadora e próxima do ex-presidente Donald Trump.
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