“Ambos os lados reconhecem o fosso entre os esforços atuais e as metas do Acordo de Paris, por isso vamos fortalecer em conjunto a ação climática”, afirmou o funcionário chinês à imprensa.
O comunicado bilateral diz que ambos os lados “reconhecem a seriedade e urgência da crise climática” e que vão trabalhar para resolver o problema juntos.
Ambos os lados comprometem-se a cooperar em normas regulatórias, transição para energia limpa, descarbonização e “design verde e utilização de recursos renováveis”.
Prometem também combater as emissões de metano, um gás com forte efeito de estufa que outros 100 países prometeram reduzir, num acordo que não incluía a China.
Em resposta a esta Declaração, o diretor executivo do centro de estudos sobre o clima E3G, Nick Mabey, disse que este acordo tem um grande significado geopolítico e que põe fim à guerra de palavras que marcaram os últimos dias.
“Este compromisso de alto nível põe pressão sobre ambos os países para mudarem de posição para fazer da COP 26 um sucesso”, disse Nick Mabey em comunicado.
Decisores políticos têm até sexta-feira para chegar a um acordo sobre medidas e compromissos de combate e adaptação às alterações climáticas.
Pouco antes, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha apelado para que os líderes mundiais dessem às suas equipas negociais reunidas em Glasgow “margem de negociação”.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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