“Estou preocupado com o número de questões no dia anterior ainda por concluir”, afirmou Alok Sharma perante o plenário da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
“Está a custar fazer progressos até em questões de rotina”, admitiu, salientando que é preciso “aumentar esforços para apresentar resultados” nas discussões sobre financiamento de medidas de mitigação de emissões e adaptação aos efeitos das alterações climáticas.
Alok Sharma considerou que as versões atualizadas dos projetos de declaração final divulgados durante a madrugada são “um passo em frente significativo” em relação às primeiras, mas salientou que não tem “a ilusão de que todas partes estão satisfeitas”.
“Ainda não estamos lá, ainda há muito trabalho a fazer. O dia de hoje tem que representar outra mudança” no curso das negociações, afirmou.
Sharma indicou que voltará a reunir os ministros das delegações às oito da noite e que novos textos surgirão até sexta-feira de manhã.
Reiterou a vontade de fechar os textos e chegar a acordo sobre financiamento, mercado de emissões, mecanismo de compensação sobre perdas e danos e mecanismo de transparência antes das 18:00 de sexta-feira, hora marcada para o fim da cimeira.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7º C.
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