A 26.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) vai decorrer até 12 de novembro.
Durante a pandemia de covid-19, “as alterações climáticas não fizeram férias. Todas as luzes estão vermelhas no painel de avaliação do clima”, adiantou, pedindo mais ambição no primeiro dia da conferência considerada como crucial para o futuro da humanidade.
“Se agirmos agora e em conjunto, podemos proteger o nosso precioso planeta”, disse ainda.
A responsável pelo clima da ONU, Patricia Espinosa, declarou, por seu turno, que “a Humanidade enfrenta escolhas difíceis, mas claras”.
“Podemos escolher reconhecer que continuar com as coisas como estão não vale o preço devastador que temos que pagar e fazer a transição necessária ou aceitar participar na nossa extinção”, disse.
No sábado em Roma, onde participou na cimeira do G20 cujas conclusões serão escrutinadas para avaliar a vontade das principais economias de lutar ativamente contra o aquecimento global, o secretário-geral da ONU também fez soar o alarme.
“Sejamos claros, há um risco significativo de que Glasgow não cumpra as suas promessas”, declarou António Guterres.
“Alguns anúncios recentes sobre o clima podem ter dado a impressão de um quadro mais positivo. Infelizmente, é uma ilusão (…) Se queremos o sucesso — e não apenas uma miragem — necessitamos de mais ambição e de mais ação”, insistiu.
O Acordo de Paris visa reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para limitar o aquecimento abaixo dos 2ºC em relação à era pré-industrial, se possível abaixo dos +1,5ºC. Mas com a tendência atual, os especialistas sobre o clima da ONU (GIEC) alertaram para o risco de se atingir 1,5ºC por volta de 2030 e os compromissos climáticos dos Estados levam a um aquecimento catastrófico de 2,7ºC.
Com mais 1ºC, a repetição das catástrofes já está em andamento, desde enormes incêndios na Califórnia ou na Sibéria a temperaturas delirantes no Canadá, passando por inundações destruidoras na China ou no oeste da Europa.
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