Esta informação consta num relatório elaborado por peritos dos serviços de inteligência do Departamento de Defesa norte-americano.

Tal capacidade será um avanço muito significativo para a Coreia do Norte, que se torna desta forma uma potência nuclear, destacou o diário norte-americano, que teve acesso a um excerto de um relatório confidencial concluído em julho passado pelos Serviços de Informação de Defesa (DIA) do Pentágono (sede do Departamento de Defesa).

Até à data, o regime de Pyonyang testou vários engenhos nucleares e conseguiu realizar dois lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais, capazes de atingir o território norte-americano. A capacidade dos norte-coreanos de colocarem uma bomba nuclear num desses engenhos era uma dúvida que ainda permanecia.

Apesar de ter passado cerca de uma década após o primeiro teste nuclear do regime de Pyongyang, realizado em outubro de 2006, a comunidade internacional, e os respetivos serviços secretos, estava convencida de que a Coreia do Norte ainda necessitava de vários anos para conseguir dominar o processo complexo da miniaturização de uma arma nuclear.

No entanto, “os serviços de inteligência acreditam que a Coreia do Norte conseguiu produziu armas nucleares que podem ser incorporadas em mísseis balísticos, incluindo em mísseis balísticos intercontinentais”, concluiu o relatório, citado pelo The Washington Post.

De acordo com o jornal, o Ministério da Defesa japonês conseguiu reunir informações e tirar as mesmas conclusões.

Segundo outro relatório oficial norte-americano, o líder norte-coreano Kim Jong-Un dispõe de cerca de 60 bombas nucleares, observou o jornal The Washington Post, que destacou, no entanto, que muitos peritos consideram que este número é muito elevado.

No passado fim de semana, o Conselho de Segurança da ONU adotou, por unanimidade, uma resolução reforçando fortemente as sanções impostas à Coreia do Norte, que, caso for respeitada, privará o regime de Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais.

Numa reação aos programas balístico e nuclear norte-coreanos, o texto representou um êxito para os Estados Unidos, que conseguiram convencer a China — principal apoiante do regime liderado por Kim Jong-Un – e a Rússia a aumentar a pressão internacional sobre a Coreia do Norte, acusada de ser uma “ameaça global”.

Desde o primeiro ensaio nuclear norte-coreano, em 2006, as Nações Unidas já tinham avançado com outros seis pacotes de sanções à Coreia do Norte.

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