Além de António Costa, a cerimónia de inauguração da USF da Baixa de Lisboa, em pleno Largo Martim Moniz, contou com as presenças do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, do seu antecessor nesta pasta, Paulo Macedo, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e dos presidentes das juntas de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, e de Santa Maria Maior, Miguel Coelho.
Nas suas primeiras palavras, António Costa começou logo por referir que, entre o momento da assinatura do protocolo para a construção e o fim das obras da USF da Baixa, passaram "dois presidentes de câmaras (ele próprio e agora Fernando Medina) e três governos distintos" (primeiro um socialista de José Sócrates, depois do PSD/CDS-PP e o atual).
"Portanto, é com grande satisfação que hoje posso estar aqui a assistir a esta inauguração", disse, observando em seguida que, quando iniciou as suas funções de presidente da Câmara de Lisboa, em 2007, encontrou os centros de saúde da cidade num estado de "vergonha".
Em relação à USF da Baixa, António Costa citou a posição que assumiu o ex-ministro da Saúde Paulo Macedo por ocasião da assinatura do protocolo com a Câmara de Lisboa para a conclusão do projeto, "salientando a importância de a cidade ser um espaço de inclusão".
"A visão desta USF corresponde ao espírito do SNS, sobretudo por aquilo que representa enquanto maior conquista do Estado social em Portugal", reforçou António Costa.
No plano político, o primeiro-ministro reconheceu que ainda existem carências ao nível da saúde hospitalar, mas colocou as prioridades de ação do seu Governo em torno do funcionamento dos centros de saúde e dos serviços de cuidados continuados.
"É uma estratégia fundamental para a modernização do SNS investir nos cuidados continuados e nos cuidados primários, porque a melhor forma de termos um SNS sustentável e acessível passam pelo desenvolvimento dessas duas valências fundamentais, evitando-se que as pessoas recorram somente aos hospitais e encontrem formas de serem tratadas logo ao nível dos cuidados primários", sustentou.
António Costa disse ainda que o objetivo do Governo "é haver cada vez melhores serviços ao nível da proximidade". "Isso permite simultaneamente termos um SNS que serve melhor as pessoas e um sistema de saúde comportável do ponto de vista financeiro", defendeu.
Para o primeiro-ministro, a nova USF da Baixa é "simbólica" pelo que representa no sentido de se criarem "condições para que cada vez mais a cidade seja habitada pelos seus residentes, que encontram na cidade os serviços de proximidade que necessitam".
"Mas esta USF também é simbólica por ser um espaço de inclusão, integrando todas as populações que aqui vivem, independentemente da sua origem", acrescentou.
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