Ao discursar no encerramento do XXII congresso da Juventude Socialista (JS), em Lisboa, Costa elogiou a resposta rápida da União Europeia (UE) à crise pandémica da covid-19 que se traduz num pacote, ou "bazuca", de meios de "grande calibre".
É um programa europeu "focado e ancorado" em dois objetivos - a transição digital e transição climática - que "está totalmente alinhado com as prioridades estratégicas" para os próximos quatros anos, definidas pelo executivo socialista ainda antes do princípio da crise.
"A única coisa que vamos fazer é acelerar a execução do nosso programa de governo e agora com mais meios para o executar, graças à solidariedade da União Europeia e à forma como tem estado a responder a esta crise", disse.
O XXII congresso nacional da JS, totalmente digital devido às restrições causadas pela epidemia, elegeu Miguel Costa Matos como secretário-geral, com 179 votos a favor, 17 contra e seis votos em branco, sucedendo a Maria Begonha.
No encerramento de um encontro totalmente digital – “o congresso mais diferente” a que assistiu e que prova que “a democracia não está suspensa” – Costa admitiu que os últimos meses com a crise pandémica foram difíceis, incluindo os jovens, e defendeu como prioridades do Governo e do PS o direito à habitação e “um trabalho digno, justamente remunerado e não a prazo”.
Recordou, por outro lado, medidas adotadas pelo executivo para o próximo ano, nesta fase de crise, e que passam pela redução do período de garantia para o subsídio de desemprego ou a sua prorrogação por mais seis meses também em 2021.
A crise e a pandemia de covid-19 puseram o país e os portugueses a “atravessar um túnel tenebroso”, mas, “graças à ciência” e às vacinas, é possível já “ver uma luz ao fundo do túnel”, declarou, depois de lembrar, uma a uma, as prioridades definidas pelo executivo para quatro anos de governação e as medidas adotadas para minorar os efeitos da crise.
Porque antes da pandemia, argumentou o líder socialista e primeiro-ministro, o país estava “no caminho certo” e é esse “caminho” que é preciso retomar quando se ultrapassar a crise, com os objetivos de combate às alterações climáticas, a defesa do equilíbrio demográfico, na transição digital e na luta contra as desigualdades, “verdadeira razão de ser do socialismo democrático”.
A Miguel Costa Matos, novo secretário-geral da JS, António Costa pediu que faça o que tem sido o “contributo” dos jovens socialistas ao longo de mais de 45 anos, após o 25 de Abril de 1974: “espicaçar o PS a ir mais além” porque o “partido precisa desse sangue novo”.
[Atualizada às 15:00]
Comentários