António Costa falava no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, no âmbito da visita oficial a Portugal da primeira-ministra de França, Elisabeth Borne – a primeira que realiza enquanto titular deste cargo político no Governo liderado pelo Presidente Emmanuel Macron.
Com esta deslocação ao Museu Nacional de Arte Antiga, António Costa e Elisabeth Borne assinalaram o encerramento do programa de iniciativas culturais “Temporada Cruzada Portugal-França 2022” e procederam à inauguração do autorretrato de Nicolas Poussin — obra de 1650, que a primeira-ministra francesa considerou “uma das mais belas da arte” do seu país e que está em Lisboa emprestada pelo Museu do Louvre.
“Tendo Portugal e França excelentes relações políticas, numa conjuntura de crescentes relações económicas, verdadeiramente, aquilo que funda a nossa amizade é uma partilha de valores. E não há melhor forma de exprimir esses valores do que através da cultura”, defendeu o líder do executivo português.
Escutado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, e por cerca de uma centena de convidados, o primeiro-ministro português falou depois das relações seculares entre Portugal e França ao nível da cultura. Um intercâmbio que disse ter-se “reinventado” muitas vezes por via de relações interpessoais.
Na sua breve intervenção, António Costa referiu que a “Temporada Cruzada Portugal-França” esteve para ocorrer entre as presidências do Conselho da União Europeia de Portugal (primeiro semestre de 2021) e de França (primeiro semestre deste ano), mas a pandemia da covid-19 forçou o adiamento da programação.
“Mas esta iniciativa não perdeu atualidade, pelo contrário. Talvez hoje, mais do que nunca, com uma guerra de novo na Europa, seja importante afirmarmos os valores comuns que partilhamos: O primado do direito internacional, a defesa da paz, a promoção da amizade entre os povos, e a boa convivência entre as nações”, frisou o primeiro-ministro português.
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