A Covax, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde, em parceria com a Aliança Global para as Vacinas (GAVI, liderada pelo antigo primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso) e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, pretende garantir a vacinação a 20% da população de 200 países e tem acordos com fabricantes para o fornecimento de dois mil milhões de doses em 2021 e a possibilidade de comprar ainda mais mil milhões.
O Brasil é, segundo a lista de distribuição publicada no início de março pela GAVI, o país da América Latina que vai receber mais doses de vacina anti-covid-19 no âmbito do programa Covax.
O país vai receber 9,1 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca até maio e terá acesso a um total de 42,5 milhões de doses, de acordo com o comunicado de hoje, que explica que o contrato de adesão do Brasil à iniciativa foi “firmado em 25 de setembro de 2020”.
A entrega das primeiras doses, marcada para as 18:00 (21:00 em Lisboa) de hoje, em São Paulo, será feita pelo Fundo Rotatório da Organização PanAmericana de Saúde, “mecanismo que há 35 anos auxilia os países da região ao promover o acesso a vacinas”, adiantam os ministérios brasileiros.
A distribuição das vacinas será depois feita consoante o previsto no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, acrescentam no comunicado, concluindo que a chegada destas doses “faz parte do resultado de um inédito esforço internacional, do qual o Brasil participou ativamente, com vista a facilitar o acesso a vacinas contra a covid-19”.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais infetados e mortes causadas pelo novo coronavírus, apenas atrás dos Estados Unidos, apesar de nos últimos dias se ter situado como a nação com os piores números diários.
O país registou, entre sexta-feira e sábado, 79.069 novos casos de covid-19 e mais 2.438 mortes associadas à doença, naquele que foi o quinto dia seguido acima dos 2.400 mortos diários.Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 292.752 mortes relacionadas com a covid-19 desde o início da pandemia e 11.950.459 infetados.
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