“Os casos e óbitos da publicação de hoje podem não refletir o acumulado de eventos pendentes desde a paralisação dos sistemas de informação oficiais na quinta-feira. Devido a problemas técnicos, os dados foram inviabilizados de serem atualizados ou podem sofrer alterações futuras”, informou a tutela da Saúde, após vários estados terem permanecido vários dias sem conseguir comunicar os seus números, como é o caso de São Paulo, foco da pandemia no país.
O executivo brasileiro indicou ainda que apenas o estado de Minas Gerais, um dos mais afetados pela pandemia, “não está com acesso para atualizar os dados de óbitos, portanto é o único estado que mantém o número de mortes desde o último sábado”.
Assim, e tendo em conta que os números são parciais, o Brasil totaliza 163.373 vítimas mortais e 5.748.375 casos de infeção desde o início da pandemia, registada oficialmente no país em 26 de fevereiro.
Devido aos problemas técnicos que afetam a rede do Ministério da Saúde desde a semana passada, o Governo também não atualizou o número de cidadãos recuperados da doença, assim como dos pacientes que ainda se encontram sob acompanhamento médico devido à infeção pelo novo coronavírus.
Já um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 564 mortes e 47.724 casos confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 5.749.007 infeções e 163.406 óbitos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do Brasil, autorizou hoje a retoma dos testes da Coronavac, potencial vacina chinesa contra a covid-19, após a morte de um voluntário no país.
A agência informou ainda que não vai divulgar a natureza do “evento adverso” ocorrido “em respeito à privacidade e integridade dos voluntários da pesquisa”, apesar de a imprensa local noticiar que foi suicídio.
A suspensão dos estudos do imunizante, na segunda-feira, levou a um confronto entre a Anvisa e o Instituto Butantan, de São Paulo, que tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para fabricar a vacina e conduzir os ensaios de fase três no Brasil, por divergirem acerca da paralisação dos testes.
Contudo, apesar de os estudos já terem sido retomado, o Congresso brasileiro convidou hoje os diretores da Anvisa e do Butantan a prestarem esclarecimentos sobre a suspensão em causa.
No radar do Brasil encontra-se também o imunizante que está a ser desenvolvido pela Rússia, denominado Sputnik V.
Em entrevista à estação televisiva CNN Brasil, o diretor geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kirill Dmitriev, responsável pela produção da vacina russa contra o novo coronavírus, afirmou que a Rússia tem condições de fornecer ao país sul-americano 50 milhões de doses do imunizante já em janeiro de 2021.
Dmitriev garantiu que a vacina é eficaz e segura, declarado ainda que o Governo russo tem mantido contacto com a Anvisa.
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