O município lisboeta aprovou hoje uma proposta extra-agenda, em reunião privada do executivo, que visa apoiar as entidades que gerem o Coliseu dos Recreios, Campo Pequeno, Teatro Tivoli, Teatro Politeama, Teatro Maria Vitória e Teatro Villaret.
A Ricardo Covões (Coliseu dos Recreios) vai receber 85 mil euros, assim como a Plateia Colossal (Campo Pequeno), a UAU Produção de Espetáculos (Teatro Tivoli) terá direito a uma verba de 55 mil euros, a Boca de Cena Produções Artísticas (Teatro Politeama) receberá 45 mil euros, enquanto a Hélder Freire Costa Produções (Teatro Maria Vitória) vai ser apoiada com 40 mil euros e a Somos Força Produção com 25 mil euros.
Segundo fonte oficial da Câmara de Lisboa, os apoios ao Teatro Politeama e ao Teatro Maria Vitória foram aprovados por unanimidade. Já os restantes contaram com a abstenção do PCP e os votos favoráveis das restantes forças políticas (PS, CDS-PP, PSD e BE).
A autarquia, liderada pelo PS, salienta na proposta que o “contexto de pandemia associada à covid-19 foi fortemente penalizador para os agentes e as entidades dos vários subsetores culturais que se viram privados da possibilidade de desenvolverem as suas atividades em condições de normalidade e de, consequentemente, obterem os rendimentos e as receitas à mesma normalmente associadas”.
Por isso, torna-se “premente salvaguardar este setor único e muito específico, face a uma situação extraordinária que o impede de gerar as normais receitas financeiras e coloca em risco a respetiva existência futura”, sublinham os vereadores da Cultura, Catarina Vaz Pinto, e da Economia, Miguel Gaspar, no documento.
A câmara refere que o Teatro Politeama e o Teatro Maria Vitória, dedicados ao teatro musical e de revista, são geridos “por duas das companhias mais conceituadas neste domínio artístico, a Companhia de Filipe La Féria e a Companhia de Hélder Feire Costa, respetivamente”.
Mas, acrescenta o município, a oferta cultural da cidade “é complementada por outro tipo de salas que, não dispondo de produção própria funcionam como espaços de acolhimento de espetáculos produzidos por outras entidades nos domínios das artes performativas, da música ou de outros eventos de natureza cultural ou outra”, como é o caso do Coliseu dos Recreios, Teatro Villaret, Campo Pequeno e Teatro Tivoli.
“Todas estas salas desempenham um papel fundamental nos tecidos cultural e económico da cidade e contribuem para a vitalidade das artes performativas e de todo o setor ligado à apresentação de música ao vivo”, destaca ainda a Câmara de Lisboa.
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