A reunião do Conselho das Comunidades Portuguesas para a América Central e América do Sul decorreu em 12 e 13 de março, em São Paulo, e representaram a Venezuela os conselheiros António de Freitas, Fátima Ponte, Fernando Campos e Leonel Moniz e Maria Lourdes Almeida.
O voo de regresso, segundo o conselheiro Fernando Campos, estava previsto para o dia 14 de março, pela Copa Airlines, com escala na Cidade do Panamá, mas nesse dia a Venezuela suspendeu os voos de e para o Panamá, tendo sido impedidos de embarcar para Caracas.
“Estou em Santiago, no Chile, porque consegui chegar cá, à casa da minha filha”, explicou á agência Lusa, sublinhando que vai ter de esperar “um mínimo de 15 dias” e que alguns conselheiros permanecem no Brasil.
Questionado sobre se tinham recursos para permanecer fora da Venezuela, Fernando Campos explicou que estão a efetuar diligências nesse sentido e que “era algo que não estava previsto”.
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros (de Portugal) está a dar-nos apoio, mas estão muito condicionados”, explicou.
Em Santiago do Chile esteve também o conselheiro António de Freitas que optou por regressar ao Brasil para tentar apanhar, hoje, um voo para Portugal, onde já se encontra a conselheira Maria de Lourdes Almeida.
Ficaram no Brasil, a aguardar desenvolvimentos, os conselheiros Leonel Moniz e Fátima Ponte, apoiados pelos familiares de um deles, disse.
Na Venezuela existem 36 casos confirmados de Covid-19 e o país, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa, está, desde sexta-feira, em “estado de alerta”, que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia durante 30 dias, prorrogáveis por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
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