De acordo com o despacho assinado por Graça Freitas, a pediatra Ana Leça assume agora a presidência da CTVC, um órgão criado em novembro de 2020 para aconselhar a Direção-Geral da Saúde sobre as estratégias de vacinação contra a covid-19 e que continua a ser coordenado pelo médico de medicina interna Válter Fonseca.
Entre os membros consultivos da comissão, e além de cinco pediatras, constam clínicos de diversas especialidades como obstetrícia, reumatologia, hematologia, imunoalergologia, nefrologia e oncologia, assim como especialistas em bioética.
Ema Paulino, a farmacêutica que assumiu recentemente a presidência da Associação Nacional de Farmácias, e o pediatra e epidemiologista Shamez Ladhani, que está ligado ao Public Health England, também integram este grupo consultivo, de acordo com o despacho da diretora-geral da Saúde.
“O futuro próximo exige um acompanhamento rigoroso e independente dos novos dados científicos de forma a proteger a saúde pública através da vacinação, e a adaptar as estratégias de vacinação, de forma permanente e continuada, à disponibilidade e aos resultados de segurança e eficácia das vacinas, e aos novos desafios da situação pandémica, exigindo, para isso, também uma diversificação das áreas de especialidade envolvidas nos trabalhos da CTV”, refere o despacho.
Entre as matérias que esta comissão está a analisar consta a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos, cuja decisão deverá ser conhecida em breve.
O primeiro-ministro anunciou hoje, no debate do estado da nação, na Assembleia da República, a meta de vacinar com duas doses contra a covid-19, no período entre 14 de agosto e 19 de setembro, 570 mil crianças e jovens entre 12 e 17 anos.
“Aguardamos uma decisão final da Direção Geral de Saúde sobre a vacinação desta população. Mas tudo está preparado para nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro serem administradas as duas doses de vacina às cerca de 570 mil crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos”, declarou António Costa.
Antes, a ministra da Saúde revelou que a DGS pediu duas semanas para estudar os pareceres da CTV contra a covid-19 em jovens e os calendários de vacinação para definir uma posição.
“Aquilo que a DGS nos transmitiu ser o entendimento da Comissão Técnica de Vacinação é que será desejável dispor de mais algum tempo e referiram-nos um prazo de duas semanas para perceber mais em detalhe quais são os calendários”, afirmou Marta Temido.
Segundo a governante, os pareceres preliminares desta comissão apontam para “uma priorização do grupo etário dos 18 aos 16 anos” e “uma priorização de vacinação de crianças com comorbilidades na faixa” abaixo, entre os 15 e os 12 anos, além do já referido “pedido de mais tempo” para recolha e análise de informação.
Comentários