Notícia atualizada às 15h37


Porto

UPorto pede que alunos de Felgueiras e Lousada não se desloquem à instituição

A Universidade do Porto recomendou hoje aos estudantes, docentes, investigadores e restantes colaboradores residentes nos concelhos de Felgueiras e de Lousada para não se deslocarem às instalações da instituição, salvaguardando que as faltas serão “relevadas”.

“Face ao comunicado da Direção-Geral de Saúde (…) recomenda-se a todos os estudantes, docentes, investigadores, técnicos e restantes colaboradores da Universidade do Porto residentes nos concelhos de Felgueiras ou de Lousada que não se deslocam para as instalações da U. Porto”, lê-se em comunicado da Universidade.

Devido aos desenvolvimentos do surto Covid-19, a Universidade do Porto estabeleceu um Plano de Contingência, elaborado por uma task-force nomeada pelo reitor, que se alinha com as orientações das autoridades de saúde nacionais e internacionais, por forma a minimizar os riscos de transmissão do Covid-19.

Universidade do Porto: Faculdade de Medicina suspende aulas. ICBAS e Faculdade de Farmácia fechados

As aulas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) estão suspensas, anunciou aquela instituição de ensino, que vai procurar “mitigar” o impacto desta decisão nos seus alunos.

O comunicado da Universidade do Porto foi divulgado esta madrugada, poucas horas após o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) ter comunicado que tinha recomendado à FMUP “a suspensão das atividades que exigem a presença física dos alunos ou docentes, promovendo abordagens de ensino à distância”.

O CHUSJ comunicou também a suspensão de “todas as atividades de formação, nomeadamente aulas, estágios ou visitas de estudo” com a participação de profissionais daquele centro hospitalar ou realizadas nas suas instalações.

Estas são as principais recomendações das autoridades de saúde à população

O surto do novo coronavírus detetado na China tem levado as autoridades de saúde a fazer recomendações genéricas à população para reduzir o risco de exposição e de transmissão da doença. Eis algumas das principais recomendações à população pela Organização Mundial da Saúde e pela Direção-geral da Saúde portuguesa:

  • Lavagem frequente das mãos com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Ao tossir ou espirrar, fazê-lo não para as mãos, mas para o cotovelo ou para um lenço descartável que deve ser deitado fora de imediato;
  • Evitar contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Evitar contacto direto com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Deve ser evitado o consumo de produtos de animais crus, sobretudo carne e ovos;
  • Em Portugal, caso apresente sintomas de doença respiratória e tenha viajado de uma área afetada pelo novo coronavírus, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24).

“Ainda de acordo com a referida deliberação do Conselho de Administração do CHUSJ, todos os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão, desde já, interditos de circular no edifício do Hospital de São João”, alertou o comunicado da UP.

Uma nota do CHUSJ anunciava ainda que estavam suspensas “as atividades da Associação de Voluntariado do Hospital de São João e das associações com fins sociais (nomeadamente: Liga dos Amigos do Hospital de São João, Fundação Infantil Ronald MacDonald, Fundação do Gil, Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, Operação Nariz Vermelho – Associação de Apoio à Criança, Associação Nuvem Vitória, Bebes de São João)”.

Adicionalmente, estão suspensas as visitas a doentes, como havia sido decidido pela Direção-Geral da Saúde e pelo Ministério da Saúde.

Também as instalações partilhadas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) vão permanecer encerradas até 20 de março.

Em comunicado divulgado horas depois de nova reunião com as autoridades de saúde e um dia após o anúncio pelo Ministério da Saúde de que o complexo das duas escolas seria encerrado devido à deteção de um caso positivo de coronavírus entre a comunidade escolar, a UP refere que todas as atividades letivas do ICBAS e da FFUP ficam suspensas, “independentemente do local onde ocorram”.

A Universidade do Porto salienta que estão a ser contactadas todas as pessoas que estiveram expostas diretamente à pessoa infetada com o novo coronavírus – desde colegas de turma a docentes e assistentes - “para que se remetam a um isolamento profilático nas suas residências”.

A UP realça que “todos os restantes estudantes, docentes, investigadores, colaboradores e demais utilizadores do complexo ICBAS/FFUP – habituais ou esporádicos – são categorizados pelas autoridades de saúde como contactos casuais e não necessitam de se remeter a isolamento profilático”, recomendando apenas a “autovigilância de sintomas, nomeadamente através da medição de temperatura corporal duas vezes por dia, e restrição dos contactos sociais”.

O polo de Vairão do ICBAS, em Vila do Conde, não está abrangido pelo encerramento decretado.

O caso confirmado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) é o de uma aluna “com ligação direta a um outro caso externo à Universidade do Porto, que havia sido diagnosticado após o regresso de uma viagem a Itália”, esclareceu a universidade, no sábado.

Segundo a instituição de ensino superior, a estudante “encontra-se bem e em tratamento no Centro Hospitalar Universitário de S. João”.

Escola Superior de Tecnologia fecha em Felgueiras, Amarante, Lousada e Penafiel

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico do Porto fechou esta segunda-feira, 9 de março, por tempo indeterminado “todas as instalações onde decorrem aulas” no centro de Felgueiras e em Lousada, mas também em Amarante e Penafiel, distrito do Porto.

“Estas medidas condicionam a atividade de cerca de 1.800 pessoas, entre estudantes, pessoal docente e não-docente, com a suspensão da atividade letiva de 21 cursos”, acrescenta a instituição, em comunicado.

A ESTG esclarece que o encerramento “de todos os locais onde existem atividades letivas” foi considerado “prudente” após a Direção-Geral de Saúde (DGS) ter anunciado o encerramento de todas as escolas básicas, preparatórias e secundárias em Felgueiras e Lousada”.

Os locais encerrados incluem “o campus 3 do Politécnico do Porto, no centro de Felgueiras” e as instalações dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais, estas situadas nas cidades de Amarante, Felgueiras, Lousada e Penafiel.

Devido ao surto de Covid-19, em Felgueiras e Lousada foram encerrados ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas, além de todas as escolas.

Os residentes naqueles dois concelhos do distrito do Porto foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

CESPU suspende aulas em todos os estabelecimentos de ensino

A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) anunciou, no domingo, que suspendeu todas as aulas nos seus estabelecimentos de ensino e que encerrará a maior parte dos espaços, de forma preventiva, face ao surto do novo coronavírus.

Em comunicado, a CESPU, que gere o Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Gandra, no distrito do Porto, e o Instituto Politécnico de Saúde do Norte (que integra a Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, em Vila Nova de Famalicão, e a Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa, também em Gandra) anunciou que, apesar de não contar com nenhum caso positivo entre a sua comunidade escolar, tomou esta decisão porque é a que “melhor protege todos os alunos, docentes, funcionários, suas famílias e a população em geral”.

A suspensão de aulas é válida até dia 20 de março, quando a situação será reavaliada.

A decisão é justificada pelo facto de os estabelecimentos de ensino estarem localizados precisamente na “região com maior incidência de casos diagnosticados, em particular o Vale do Sousa, eixo nacional mais atingido”, e por se tratar de cursos de saúde, nos quais “uma grande parte das aulas, em especial as relacionadas com treino de gestos e aquisição de competências práticas proporcionam o contacto físico entre estudantes e entre estudantes e professores”.

Para além disso, “muitos docentes trabalham em instituições de saúde onde [existe] a probabilidade de contraírem a doença, podendo ser transmissores durante o tempo de incubação”.

Encerradas todas as escolas de Felgueiras e Lousada, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas, espaços para eventos e cinemas

A DGS anunciou este domingo, 8 de março, também o encerramento de todas as escolas e a suspensão de atividades em todos os estabelecimentos de lazer ou culturais dos concelhos de Lousada e Felgueiras, no distrito do Porto.

"Mediante o acumular de casos [de infetados pelo Covid-19] nos concelhos acima referidos [Lousada e Felgueiras], e correspondendo ao consensualizado entre as Autoridades de Saúde do nível nacional, regional e local, proceder-se-á ao encerramento não só dos estabelecimentos escolares (públicos e privados), mas também à suspensão de atividade dos estabelecimentos de lazer/culturais e de utilização pública, designadamente ginásios, bibliotecas, piscinas, espaços para eventos e cinemas", lê-se no comunicado emitido hoje à noite pela DGS.

"Esta medida é temporária e durará até ser levantado o encerramento por parte das Autoridades de Saúde", acrescenta.

A DGS apela ainda para que as pessoas daqueles dois concelhos evitem "deslocações desnecessárias e participar em reuniões com elevado número de pessoas, de forma a reduzir o número potencial de pessoas contagiadas".

Segundo a nota da DGS, na região norte do país, registam-se até agora 23 casos confirmados de infeção por Covid-19, dos quais 19 correspondem ao mesmo foco, e estão identificados 646 contactos.

Assim, "tendo em conta a circunscrição de maioria destes casos aos concelhos de Felgueiras e Lousada, afetando também instituições escolares, a evidência apoia o fecho preventivo de todas as escolas", defende a DGS.

Aquela autoridade de saúde especifica, como já havia feito no sábado, que "estudos comparativos em circunstâncias de epidemia mostram que o fecho preventivo tem maior efeito quando comparado com o reativo", justificando a decisão hoje tomada.

A DGS destaca também que "de acordo com os dados conhecidos, a maioria das crianças tem quadros ligeiros a moderados mas têm um reconhecido papel como transmissoras de doença, sendo que a redução do contacto entre elas poderá retardar a transmissão da doença na comunidade".

No sábado, a Câmara de Felgueiras anunciou o encerramento dos equipamentos municipais de Idães, incluindo biblioteca e piscina, como medida adicional à suspensão de atividade na Escola Básica e Secundária da localidade, anunciada pela DGS e pela ministra da Saúde.

Câmara do Porto suspende atividades extracurriculares nas escolas

A Câmara do Porto suspendeu atividades com saída de transporte e atividades extracurriculares nas escolas, estando a avaliar "caso a caso" a implementação outras medidas em função da evolução do surto de Covid-19, indicou hoje o vereador Fernando Paulo.

"Demos indicações à Direção Municipal de Educação que todas as atividades que não pusessem em causa o normal funcionamento das escolas, programas extras, pudessem ser suspensas neste período. As atividades que garantem o normal funcionamento das escolas, (...) só suspenderemos por indicação do Ministério da Educação ou da Direção-Geral de Saúde (DGS)", disse Fernando Paulo.

O vereador da Educação da Câmara do Porto, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião de câmara, exemplificou entre as atividades suspensas "as atividades com saída de transporte e atividades extracurriculares nas escolas" e esclareceu que "a câmara tem competências ao nível da ação social escolar, edificado, mas a tutela é do Ministério da Educação".

"Nos jardins de infância e no 1.º Ciclo, damos a possibilidade de ser o Ministério da Educação a definir, porque o agrupamento, a unidade de gestão, é da alçada do Ministério. Relativamente às escolas, vamos avaliando caso a caso", disse o vereador, admitindo que "numa situação mais evolutiva" do surto as medidas tenham de ser "reavaliadas" e "reforçadas.

Fernando Paulo contou também, descrevendo a rotina da câmara municipal e dos seus responsáveis, que há atividades que têm vindo a ser canceladas, frisando que "o que não for urgente é adiado", nomeadamente visitas e deslocações.

"Eu tinha uma visita hoje a um centro de acolhimento de sem-abrigo e cancelei. Poderão perguntar porquê se esta situação, no que diz respeito a centros e instituições não se altera muito uma vez que as medidas já são por si muito cuidadas, importando, se calhar, apenas reforçar, mas entendemos que quem exerce funções públicas deve ter o cuidado de se expor o mínimo possível para não estar sujeito e de forma a conseguir-se manter as estruturas", disse o autarca.

Braga

Universidade do Minho fecha campus em Braga. 180 alunos monitorizados

As atividades letivas no campus de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, foram suspensas por tempo indeterminado, depois de um aluno ter sido infetado com o novo coronavírus.

"A partir de amanhã [segunda-feira], não haverá atividades letivas no campus de Gualtar", afirmou o reitor, em declarações aos jornalistas, após uma reunião com as autoridades concelhias da saúde e da proteção civil.

Segundo Rui Vieira de Castro, cerca de 180 outros estudantes da UMinho estão também a ser contactados e monitorizados pelas autoridades de saúde, por terem frequentado os mesmos espaços do aluno infetado.

Os complexos pedagógicos, as cantinas e os serviços desportivos foram encerrados e vão ficar isolados, para higienização.

Para já, as residências universitárias continuam abertas, mas os responsáveis da UMinho dizem que ficarão "muito atentos" ao evoluir da situação. Outros espaços da UMinho, entre os quais o campus de Azurém, manter-se-ão também em funcionamento. "Neste momento, não há razão para fechar outros espaços da universidade", disse Rui Vieira de Castro.

O campus de Gualtar acolhe cerca de 12 mil pessoas, entre estudantes, professores e trabalhadores. A reitoria admite o recurso ao teletrabalho, para assegurar o funcionamento de alguns serviços.

Em relação aos alunos que estão em mobilidade em países afetados pelo Covid-19, a UMinho já deu orientações para que, quando regressarem a Portugal, se submetam a um período de quarentena.

Paralelamente, a UMinho decretou a "redução ao mínimo" de atividades como conferências e seminários, "para que seja contida a possibilidade de transmissão".

Noventa alunos em quarentena nas residências da Universidade do Minho

Cerca de 90 estudantes da Universidade do Minho (UMinho) estão em quarentena profilática voluntária nas residências da academia em Braga, por terem estado em contacto com um aluno infetado com o novo coronavírus, anunciou hoje o reitor.

Em declarações aos jornalistas, Rui Vieira de Castro disse que aquela quarentena foi recomendada aos estudantes que se encontram instalados na residência Carlos Lloyd e nos blocos B e D da residência de Santa Tecla.

“Não fechámos as residências, mas aconselhamos a quarentena profilática, ficando os alunos confinados aos seus quartos e com uma redução muito severa de contactos”, referiu.

Paralelamente, a universidade está também a recomendar o regresso temporário a casa aos estudantes que se encontram nas duas residências e que tenham possibilidade de o fazer.

Também nestes casos, é recomendado um período de quarentena, a cumprir em casa.

No total, segundo Rui Vieira de Castro, são cerca de 180 os estudantes que terão frequentado os mesmos espaços do aluno infetado e que estão a ser acompanhados e monitorizados pelas autoridades de saúde.

Nove centenas de alunos sem aulas no Instituto de Estudos Superiores de Fafe

O Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESF) fechou hoje as instalações e suspendeu atividades presenciais pelo menos por duas semanas, por razões preventivas relacionadas com o novo coronavírus, numa medida que abrange 900 alunos, disse fonte da instituição.

“Esta decisão não deve ser encarada com alarmismo, mas sim com a prudência, com a responsabilidade que nos são impostas mediante os acontecimentos que estão em curso, no âmbito da doença Covid-19, na região de influência do instituto”, refere um comunicado do estabelecimento de ensino superior.

A mesma fonte referiu que o instituto "tem na sua comunidade académica alunos, professores e colaboradores dos concelhos de Felgueiras e Lousada", bem como alunos do estrangeiro.

Viana do Castelo

Politécnico de Viana do Castelo suspende cimeira e adia feira de emprego

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo suspendeu a edição 2020 do evento Cimeira IPVC e adiou a feira do emprego, que decorria em simultâneo, no dia 18, e que previa a participação de mais de 10.000 visitantes.

Em comunicado hoje enviado à imprensa, o politécnico da capital do Alto Minho explicou que, devido à epidemia de Covid-19, "o mais sensato é a suspensão da Cimeira IPVC e o adiamento da Feira de Emprego, uma vez que são eventos realizados em locais fechados e que envolvem uma grande concentração de pessoas".

Na nota, o IPVC acrescenta "reconhecer o impacto da medida", mas sublinha ser "fundamental contribuir para o controlo do surto", tendo acionado, na última quinta-feira, o seu plano de contingência.

A nova data para a realização da feira de emprego será anunciada "quando a situação melhorar no contexto da região e do país".

Também a Câmara de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, anunciou hoje o adiamento da IV Feira de Educação, Ciência e Tecnologia que deveria decorrer entre quinta-feira e domingo, no pavilhão de feiras e exposições do concelho.

Em comunicado, o município explicou que, "face ao recente cancelamento da participação de vários expositores e, também, como medida de contenção do novo coronavírus assumida pelas próprias entidades, foi decidido o adiamento da IV Feira de Educação, Ciência e Tecnologia para nova data a anunciar".

A Câmara de Ponte de Lima garantiu ter feito "tudo" o que estava ao seu alcance para "assegurar as condições necessárias à realização do evento, mas face aos desenvolvimentos não restava outra opção que não a de adiar o evento".

Vila Real

UTAD suspende eventos, atividades desportivas e deslocações ao estrangeiro

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, decidiu suspender eventos e atividades desportivas da responsabilidade da academia, bem como as deslocações em serviço para países afetados pela Covid-19.

Em Vila Real, as instituições estão também a aplicar planos de contenção da infeção pelo novo coronavírus e, depois do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) ter anunciado a suspensão temporária das visitas aos doentes, foi a UTAD a informar que, a partir de segunda-feira, 9 de março, não são autorizadas deslocações em serviço para países com casos confirmados do Covid-19.

Através de um despacho interno, o reitor da academia, António Fontainhas Fernandes, acrescentou ainda que a “organização de eventos académicos no campus, principalmente os que impliquem a participação presencial de pessoas externas, deverá ser reduzida ao mínimo, ficando condicionada a sua realização a parecer favorável da equipa de coordenação do plano de contingência Covid-19 da UTAD”.

A academia decidiu também suspender “os eventos e atividades desportivas da responsabilidade da UTAD” e recomenda que os “professores, investigadores, trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, bem como estudantes oriundos de áreas afetadas, devem voluntariamente submeter-se a um período de contenção social, de 14 dias, após a sua chegada ao país”.

Segundo o despacho do reitor, até que se encontrem disponíveis soluções de desinfeção para colocação junto dos terminais de leitura biométrica para controlo de assiduidade, está suspensa a utilização destes equipamentos.

Este documento será, de acordo com o responsável, objeto de revisão em função da evolução da avaliação que, em cada momento, for feita sobre a adequação das medidas adotadas à finalidade de prevenção e controlo da doença.

O plano de contingência da UTAD para a infeção pelo novo coronavírus visa “antecipar e gerir as possíveis repercussões da disseminação da infeção” na academia e identifica “áreas de isolamento” devidamente equipadas, para o caso de surgirem casos suspeitos.

A equipa coordenadora do plano é constituída pela Comissão de Biossegurança da UTAD e pela Escola Superior de Saúde.

Durante o fim de semana, o CHTMAD informou que as visitas a doentes nas unidades hospitalares de Chaves, Lamego, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real “estão temporariamente suspensas” por indicação do Ministério da Saúde, no âmbito do plano de contenção da infeção pelo Covid-19.

“Apelamos à compreensão de todos perante esta medida preventiva que visa garantir a segurança dos nossos utentes, visitas e profissionais. Procuraremos minimizar o impacto desta medida preventiva numa ótica de salvaguarda do bem-estar dos nossos utentes e dos seus familiares”, salientou o conselho de administração.

Castelo Branco

Universidade da Beira Interior pede a alunos de Lousada e de Felgueiras para não irem às aulas

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, distrito de Castelo Branco, pediu aos alunos de Lousada e de Felgueiras para não se deslocarem àquela instituição, se tiverem estado nas suas zonas de origem, para evitar eventual propagação de Covid-19.

"Numa altura em que os casos de infeção [Covid-19] na zona norte do país estão a aumentar, a UBI apela a que os estudantes residentes nos concelhos de Lousada e Felgueiras não se desloquem à universidade, se tiverem estado nas suas zonas de origem nas últimas semanas", é referido.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a informação acrescenta que "na eventualidade de ser necessário aplicar medidas de quarentena ou tratamento a alunos, estes poderão ter acesso aos exames de época especial ou à possibilidade de assistirem às aulas a partir de casa".

Apontando que continua a não haver casos de infetados com Covid- 19 na UBI, a instituição também informa que implementou um plano de contingência para lidar com potenciais casos de infeção.

Segundo o referido, o plano articula todas as faculdades da UBI e define os procedimentos a ter em conta por alunos, docentes, investigadores e colaboradores, em caso de suspeita.

"O documento indica as pessoas a quem se devem dirigir, os locais e as condições dos espaços para onde serão encaminhados os potencialmente infetados. Estão definidas 12 salas em todas as faculdades e serviços da UBI, para servir de apoio a quem necessitar de isolamento", detalha.

Pedindo um "cuidado redobrado às pessoas que estiveram em regiões ou países com as maiores taxas de incidência", a UBI acrescenta que "estão a ser canceladas algumas iniciativas que estavam agendadas para as instalações da universidade", com o objetivo de reduzir os riscos.

Lisboa

Encerradas Escola Básica Roque Gameiro e Secundária da Amadora

A Escola Secundária da Amadora e a Escola Básica 2,3 Roque Gameiro, também naquele concelho, vão estar encerradas a partir de segunda-feira, até 20 de março, depois de identificados dois novos casos de coronavírus, anunciou a direção do agrupamento.

Segundo um comunicado assinado pelo delegado de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora e pelo diretor do Agrupamento de Escolas Pioneiros da Aviação Portuguesa, divulgado à comunidade escolar no domingo à noite, foram identificados dois novos casos positivos de coronavírus: um aluno na Escola Básica Roque Gameiro e outro na Escola Secundária da Amadora.

“Em face da situação epidemiológica e com o objetivo de contenção, determina-se o encerramento das duas escolas e o consequente isolamento social profilático voluntário de toda a comunidade escolar, por um período de 14 dias”, lê-se no comunicado.

De referir que na quarta-feira, 4 de março, foi confirmada a infeção por coronavírus de uma professora da Escola Básica 2,3 Roque Gameiro, obrigando a colocar em isolamento cinco turmas da escola básica e uma da Escola Secundária da Amadora.

A Unidade de Saúde Pública do ACES Amadora vai acompanhar o estado de saúde de toda a comunidade escolar, sendo o acompanhamento garantido por telemedicina.

Já o externato Grão Vasco, em Lisboa, reabriu esta segunda-feira após ter estado encerrado na sexta-feira, por prevenção, depois de a mãe de um aluno ter sido hospitalizada com Covid-19, informou à agência Lusa o diretor do estabelecimento de ensino.

“A escola reabriu naturalmente e estamos em atividades letivas normais”, afirmou Rogério Cândido, adiantando que o estado de saúde da mãe infetada “está a evoluir favoravelmente”.

Na sexta-feira, o responsável explicou que a decisão de encerrar a escola se devia ao facto de a mãe de um dos alunos ser uma das pessoas infetadas com o novo coronavírus, encontrando-se internada no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

“A mãe nunca esteve em contacto com qualquer aluno, mas o filho, como é natural, esteve. Neste momento, ele [aluno] e o pai encontram-se em isolamento e estão assintomáticos”, adiantou na ocasião.

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa suspende aulas com doentes

A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) anunciou que iria suspender as aulas que impliquem contacto com doentes, na sequência do surto do novo coronavírus.

A faculdade “decidiu a necessidade de suspensão temporária de todas as aulas que implicassem contacto com doentes” após reunião na sexta-feira do Conselho Diretivo do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), constituído pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e Instituto de Medicina Molecular-João Lobo Antunes (IMM-JLA).

Segundo o comunicado divulgado no ‘site’ da FMUL, “entendeu-se ser prioritária a proteção dos doentes que estão quer no CHULN como em outros hospitais afiliados e centros de saúde, bem como de todos os que acorrem a este centro académico, incluindo alunos, docentes, funcionários e restantes profissionais de saúde”, na sequência do surto de Covid-19.

“Assim sendo, nesta fase, não só as aulas práticas envolvendo doentes ficam suspensas, bem como todas as atividades ou eventos que concentrem mais de 50 pessoas num mesmo espaço”, detalha ainda o comunicado, que indica, no entanto, que “as restantes aulas teóricas e práticas vão manter-se, até novas instruções em contrário”.

A instituição assegura, no comunicado assinado pelo diretor da FMUL, Fausto Pinto, estar “devidamente apetrechada para acionar um Plano de Contingência em caso de necessidade, em articulação com os seus parceiros”.

Já na semana passada, a Associação de Estudantes da FMUL já tinha suspendido todas as iniciativas que impliquem grande afluência de participantes, incluindo uma conferência internacional agendada para o final do mês, devido ao novo coronavírus.

Algarve

Encerrada a Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão

Depois de uma das alunas do estabelecimento de ensino — uma jovem de 16 anos — ter sido diagnosticada com o covid-19, a Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, decidiu encerrar a partir desta segunda-feira, avança o Público.

A jovem de 16 anos foi transferida para Lisboa, onde está internada.

Este foi o primeiro caso de infeção confirmado no Algarve.

O caso foi dado a conhecer pela própria escola, que informou que a jovem esteve em Itália de férias com a família, durante a pausa lectiva do Carnaval.

Quando regressou a Portugal “contactou a Linha Saúde 24, que lhe deu instruções para monitorizar a sua situação clínica e cumprir algumas regras sociais e de higiene pessoal”, permitindo-lhe, no entanto, "fazer a sua vida normal”.

Assim, esta regressou às aulas no dia 27 de Fevereiro, continuando a ser acompanhada pela linha de saúde 24. O seu caso foi depois confirmado como positivo para infeção por coronavírus.

Encerra a Escola José Buisel, em Portimão

A mãe da aluna de Portimão diagnosticada no domingo com Covid-19 é o segundo caso da doença no concelho, o que levou ao encerramento da Escola Básica Professor José Buisel, onde é professora, disse hoje a presidente da autarquia.

Em declarações à Lusa, Isilda Gomes indicou que foi ordenado o encerramento do estabelecimento de ensino, o segundo na cidade, “não estando previstas, por agora, mais restrições”.

A aluna da Escola Manuel Teixeira Gomes e a mãe, professora na Escola Básica Professor José Buisel, foram diagnosticadas depois de terem estado em Itália na semana de interrupção do Carnaval, tendo ambas regressado às respetivas escolas em 27 de fevereiro e sido diariamente acompanhadas pela equipa do SNS24.

“A Câmara apenas tomará medidas de acordo com as indicações da Direção-Geral da Saúde”, destacou a presidente do município, sublinhando que o encerramento desta escola eleva para “mais de 1.000” os alunos afetados pela suspensão das aulas.

Açores

Universidade dos Açores adia ou cancela eventos em espaços da instituição

A Universidade dos Açores (UAc) decidiu hoje adiar por "tempo indeterminado ou cancelar" os "congressos, 'workshops', seminários ou outros eventos públicos científicos ou culturais" em espaços da insituição, atualizando o plano para enfrentar o surto de Covid-19.

“Mesmo que já autorizados, os congressos, 'workshops', seminários ou outros eventos públicos científicos ou culturais em espaços da UAc, incluindo eventos organizados por associações estudantis, tunas e núcleos, assim como eventos promovidos por entidades externas à UAc, são adiados por tempo indeterminado ou cancelados”, lê-se na página oficial da academia.

A instituição de ensino superior dos Açores, que já tinha implementado um plano de contingência sobre o Covid-19, esclarece que, “dada a rápida progressão" do surto, atualizou o documento, que se aplica “a toda a comunidade académica, assim como convidados e visitantes de espaços da instituição”.

A atualização, publicada na página da instituição, determina também que "é proibido o ingresso e a entrada nas residências universitárias de qualquer estudante, ou de outra pessoa, que se desloque para os Açores provindo de outros países/regiões, incluindo Portugal continental, sem que tenha cumprido o período de quarentena de 14 dias fora das instalações da UAc, cabendo tal monitorização ao Serviço de Ação Social Escolar".

Todas as estruturas universitárias que tenham previsto receber nas instalações da UAc pessoas provenientes de outros países/regiões devem desincentivar as deslocações nesta data e, não podendo evitá-las, devem remeter ao Centro de Resposta a Emergências (CRE) da universidade, com a devida antecedência, a informação relativa a cada pessoa e informar os viajantes de que ficarão sujeitos a um período de quarentena.

Independentemente dos motivos, todos os membros da comunidade académica que se encontrem fora da região, ou numa ilha com casos de Covid-19 confirmados, ao regressar ao arquipélago e/ou ilha de origem "obrigam-se a contactar o CRE antes de se apresentar presencialmente na UAc".

É ainda desaconselhada a deslocação em férias, ou por outros motivos particulares, dos membros da comunidade académica para países/regiões/ilhas com casos de Covid-19 confirmados, incluindo o continente, "o que, a verificar-se, deve ser previamente comunicado ao CRE".

A atualização do plano estabelece que, "no caso de provas públicas para a obtenção de graus académicos cujos júris integrem membros externos, estes devem participar obrigatoriamente por videoconferência, salvo autorização expressa em sentido contrário".

A reitoria tem em curso um plano de ação complementar para adotar medidas de trabalho remoto ao nível das diferentes estruturas universitárias.

"Em vários países do mundo, por razões relacionadas com o aparecimento de casos suspeitos ou confirmados, está a registar-se o encerramento de instituições públicas e privadas. Esta situação já se observa, inclusivamente, em Portugal continental, onde começam a encerrar universidades, escolas e outros serviços", sublinha a Universidade açoriana, que distribuída por três polos que funcionam nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

Reitores das universidades reúnem-se na terça-feira

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas reúne-se na terça-feira, estando em cima da mesa uma avaliação das medidas preventivas relacionadas com o novo coronavírus, disse à agência Lusa o presidente do órgão, Fontaínhas Fernandes.

De acordo com o mesmo responsável cada instituição determinou “um plano de contingência” e as medidas são avaliadas caso a caso.

Além dos programas dos alunos em Erasmus, há também professores em mobilidade e funcionários noutros países.

O mesmo responsável indicou que já houve pessoas que voltaram a Portugal e que estão de quarentena.

Covid-19 em Portugal

No total, Portugal regista 30 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19. Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infetados.

Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil já recuperaram.

A ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciaram, no sábado, 7 de março, numa conferência de imprensa conjunta, que as visitas a hospitais, lares e estabelecimentos prisionais da região Norte foram suspensas temporariamente devido à epidemia Covid-19 e recomendaram o adiamento de eventos sociais.

Em Portugal, quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúdeNão se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-geral de Saúde.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou um microsite sobre o novo coronavírus (Covid-19), onde os portugueses podem acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo e esclarecer dúvidas sobre a doença.