Comercializado sob o nome Lagevrio, o medicamento, fornecido em comprimidos, foi aprovado em novembro pelo regulador europeu para uso de emergência, antes de obter autorização formal de comercialização.

O Lagevrio foi autorizado em novembro no Reino Unido e está em processo de autorização nos Estados Unidos, mas o facto de não ter significativos resultados de sucesso tem levado os restantes países a esperar por mais informação.

“Recomendamos o tratamento com comprimidos porque acreditamos que as vantagens superam as desvantagens para os pacientes que estão em maior risco de adoecer gravemente devido à covid-19”, afirmou, em comunicado hoje divulgado, a responsável da Agência Nacional de Saúde dinamarquesa (SST), Kirstine Moll Harboe.

“Temos plena consciência de que este é um tratamento novo e não aprovado sobre o qual ainda não temos muito conhecimento”, admitiu, garantindo que os efeitos do tratamento serão monitorizados de perto.

O anúncio é feito numa altura em que a Dinamarca está a tentar combater, por todas as vias, a vaga recorde de casos de covid-19, incluindo o surto da nova variante Ómicron, que deve tornar-se dominante em Copenhaga já esta semana.

O número diário de novos casos de infeção na Dinamarca alcançou, na quarta-feira, os 8.770, um recorde registado no país com 5,8 milhões de habitantes.

“Esperamos que o tratamento ajude a reduzir o número de hospitalizações em infetados com alto risco de ficarem gravemente doentes”, acrescentou Moll Harboe.

Na Dinamarca, estão atualmente hospitalizadas 508 pessoas com covid-19, das quais 66 estão nos cuidados intensivos.

Os resultados completos do ensaio clínico do medicamento de molnupiravir, comunicados em 26 de novembro pela Merck/MSD, mostram uma eficácia muito menor do que a anunciada no início de outubro com base em dados provisórios.

De acordo com estes resultados mais abrangentes, o medicamento reduziu em 30% – e não em metade, como foi inicialmente anunciado que faria – a taxa de hospitalização e morte em pacientes de risco que o tomaram logo após serem infetados.

A França recusou, em 09 de dezembro, dar autorização para o uso do tratamento por não o considerar suficientemente eficaz.

A Noruega assinou um acordo bilateral com a Merck na quarta-feira para garantir a entrega dos comprimidos, mas ainda está à espera de autorização do regulador europeu para aprovar o seu uso.

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