“Vamos ter que tomar medidas de prevenção relativamente à pratica desportiva e das equipas que se deslocam ao continente, sobretudo aquelas que não são profissionais”, afirmou Miguel Albuquerque, à margem da visita que efetuou hoje a uma unidade hoteleira no concelho de Santana.
O governante madeirense sustentou ser necessário “prevenir, numa situação de plena pandemia no continente, porque os atletas contactam neste momento com zonas de risco”, sendo necessário “tomar providencias para prevenir que na Madeira não há contágio” nas áreas frequentadas por esses desportistas, realçou.
Miguel Albuquerque vincou que o Conselho do Governo Regional vai tomar medidas na reunião da próxima quinta-feira, assegurando: “Não arrisco um milímetro e, neste momento, não podemos arriscar nada”.
O chefe do executivo insular admitiu estar “preocupado” sobretudo com as equipas não profissionais, mencionando que o Executivo Regional está a “tentar sensibilizar para o risco que estão a correr”.
“Mas, na eventualidade de terem de ir jogar, vão ter de fazer dois testes e ficar em quarentena, porque eu não vou arriscar um milímetro”, reforçou.
Miguel Albuquerque insistiu na recomendação dos madeirenses e porto-santenses evitarem viagens para o exterior, a menos que seja extremamente necessário.
“Comigo não contam com situações de descontrolo por falta de coragem em tomar medidas”, afirmou, argumentando que as autoridades regionais já estavam a contar com o aumento dos casos importados, devido ao “maior fluxo de pessoas a entrar na Madeira”
Albuquerque enfatizou que “neste momento, a situação está complicada”, com picos na Europa e no continente português, sendo “preciso ter a noção de que a ideia que andam a difundir que o covid é inofensivo e não afeta o pessoal jovem não é verdade e já há muitos mortos em faixas etárias baixas, de pessoas que estavam saudáveis”
No seu entender, mais importante do que ter jovens da Madeira nos campeonatos nacionais, é evitar “ter uma situação caótica numa escola, uma equipa toda contaminada com jovens que depois contaminam os pais e os avós”.
O presidente do executivo madeirense destacou os “efeitos nefastos” desta pandemia na economia e os “efeitos devastadores” na saúde pública.
“O nosso dever é acautelar a população, conciliando com outra obrigação que é ter a economia a funcionar, no sentido de garantir o emprego, o rendimento das famílias e continuar, apesar das circunstâncias, na senda do desenvolvimento e investimento”, disse.
Miguel Albuquerque garantiu que o Governo Regional vai continuar a apoiar as empresas, sobretudo da indústria turística, “mantendo o controlo cada vez mais apertado e concentrado de quem entra na Madeira”.
“As perspetivas são otimistas para o futuro o turismo” regional, considerou o responsável, realçando que a Madeira tem “uma grande vantagem, que é a circunstância de não ter focos de proliferação de infeção” da covid-19.
Miguel Albuquerque concluiu que “enquanto houver recursos disponíveis, vão ser canalizados para empresas privadas, em particular aquelas relacionadas com o turismo”.
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