“O primeiro caso confirmado do novo coronavírus foi identificado na província de Hadramout”, escreveu no Twitter o Comité de Emergência do Governo Nacional da Pandemia Covid-19.
A pessoa infetada está estável, detalhou o comité, que é liderado pelo Presidente do Iémen, Abd Rabbo Mansour Hadi.
Organizações humanitárias alertaram para as repercussões potencialmente catastróficas de uma epidemia do novo coronavírus neste país, devastado por cinco anos de guerra entre rebeldes apoiados pelo Irão e tropas iemenitas aliadas à Arábia Saudita.
O conflito já provocou a morte de mais de 10.000 pessoas e gerou a pior crise humanitária do mundo, deixando milhões sem acesso a alimentação e cuidados médicos.
A coligação liderada pelos sauditas, que apoia desde 2015 o Governo iemenita na luta contra os rebeldes e que conta com a ajuda dos Estados Unidos, anunciou na quarta-feira à noite que iria observar, ao longo das próximas duas semanas, um cessar-fogo no conflito, em resposta aos pedidos das Nações Unidas para o fim das hostilidades, numa altura em que o mundo enfrenta a pandemia da covid-19.
Só que, dois dias depois, os rebeldes Huthis no Iémen rejeitaram um cessar-fogo defendido pela coligação militar liderada pela Arábia Saudita, considerando-a uma “manobra política e mediática” apresentada como forma de travar a propagação da pandemia da covid-19.
“A agressão não parou até agora e há dezenas de ataques aéreos em curso. Há uma violação do cessar-fogo”, declarou Mohamed Abdelsalam, porta-voz dos rebeldes xiitas, apoiados pelo Irão, à cadeia de televisão Al Jazeera.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 94 mil.
Dos casos de infeção, mais de 316 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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