O prefeito Marcelo Crivella, apesar de ter anunciado hoje o prolongamento das medidas de isolamento social no Rio de Janeiro, destacou que os templos vão ser declarados “serviços essenciais”, para impedir que as suas portas sejam fechadas pelas autoridades policiais.

O prefeito do Rio de Janeiro explicou, em conferência de imprensa, que os templos não estavam obrigados a parar o seu funcionamento naquela cidade, mas a polícia determinava o seu encerramento, para evitar que os fiéis entrassem.

Crivella, um influente pastor evangélico que aspira a ser reeleito em outubro, anunciou que o decreto que estabelece a medida sobre igrejas e outros templos religiosos seria publicado ainda hoje, numa edição extra do Diário Oficial da cidade, o que já aconteceu.

Para impedir a propagação do novo coronavírus, os templos deverão fornecer álcool em gel e garantir uma distância mínima de dois metros entre os fiéis, que também terão de usar máscaras.

Embora o decreto não proíba a presença de pessoas que estão no grupo de risco, como idosos ou cidadãos que padeçam de diabetes, hipertensão ou cancro, o documento orienta este público a assistir aos cultos religiosos via internet.

O Brasil, com mais de 360 mil casos confirmados, é o segundo país do mundo com o maior número de infetados, dos quais cerca de 38 mil foram registados apenas no estado do Rio de Janeiro, onde quase 4.000 pessoas morreram devido à covid-19, e outras mil mortes estão sob investigação.

Outra medida anunciada hoje pelo prefeito foi o prolongamento, por mais uma semana, do encerramento de alguns comércios na cidade.

Alguns municípios do estado do Rio de Janeiro, como Duque de Caxias (segunda cidade do estado do Rio de Janeiro com maior número de mortes), começaram hoje a reabrir os seus estabelecimentos comerciais, mas quando questionado sobre o assunto, Marcelo Crivella disse que não tinha uma data específica para o regresso destas atividades na ‘cidade maravilhosa’.

Segundo Crivella, a prefeitura já tem protocolos pensados para determinadas atividades que possam reabrir em junho.

“Falamos, por exemplo, sobre lojas de móveis, onde não temos aglomerações, e concessionários automóveis”, declarou o prefeito.

Até domingo, o Brasil totalizava 363.211 casos confirmados e 22.666 mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde do país.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

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